domingo, 18 de setembro de 2011

CIDADE DO CACUACO PRONTA EM DEZEMBRO





Em dia de feriado nacional, data em que o país rende homenagem à memória do fundador da nação, Agostinho Neto, o Chefe de Estado desenvolveu, ontem, uma intensa jornada de campo, visitando algumas obras de impacto sócio-económico, como as novas centralidades do Cacuaco, projecto que contempla mais de 20 mil habitações, e do Quilómetro 44, cujo projecto contempla igual número de casas.

Acompanhado por uma delegação composta por ministros e altos responsáveis do seu gabinete, o Presidente José Eduardo dos Santos começou a jornada, precisamente, na nova urbe do Cacuaco, onde cumprimentou o colectivo de trabalhadores, entre técnicos e engenheiros, angolanos e chineses, e visitou um dos apartamentos já concluídos. Até Dezembro próximo, vão ser entregues pelo menos 10 mil fogos habitacionais.

No local, José Eduardo dos Santos recebeu explicações pormenorizadas sobre o material que está a ser utilizado, o curso das obras e também a observação de prazos.

O projecto habitacional, com obras a cargo da China TieSiju Civil Enginering Co.Ltd, conta com uma área total de construção de 1.718.881 metros quadrados, dos quais 1.643.881 se destinam à construção de residências.

O cronograma geral de execução dos trabalhos indica que a conclusão da parte referente às residências está prevista para Dezembro de 2012, que vão ser entregues em quatro etapas.

O Jornal de Angola apurou que, por exigência do dono da obra, a Sonangol Imobiliária e Propriedades (Sonip), a empreiteira já completou a proposta de infra-estrutura e a de acessos, além do plano de recursos humanos e de equipamentos.

Em declarações aos jornalistas, o administrador municipal do Cacuaco disse que o projecto demonstra a vontade e a preocupação do Executivo em proporcionar à população casas com condições óptimas de habitabilidade.

Cafussa acrescentou que o seu município vai ganhar uma obra de grande impacto, cujo reflexo imediato vai ser diminuir o fluxo de luandenses que querem adquirir casa na Cidade do Kilamba.

“Cacuaco vai ganhar uma nova cidade que a todos nós vai orgulhar, porque, de certo modo, também vai trazer valências enormes que devem ser consideradas em termos de desenvolvimento desta região de Luanda”, disse o administrador, acrescentando que gostava que obras desta grandeza “sejam vistas pela nossa população como mais uma prova inequívoca do esforço que o Executivo tem estado a empreender, tendo em conta o conceito de proporcionar melhores condições de habitabilidade.

Portanto, o que se quer é que a população deixe de tomar de assalto aqueles espaços que, no futuro, vão constituir o exemplo desta centralidade e de outras que temos a surgir no país”.

Esta centralidade vai ser uma alternativa, para as pessoas escolherem livremente se pretendem ficar na do Kilamba, de Cacuaco ou Zango, pois está garantida a disponibilidade de todos os serviços que vão permitir aos habitantes desta nova urbe viverem com autonomia, sem necessidade de se deslocarem ao centro da cidade ou a outra centralidade próxima para ter acesso a um bem ou serviço público.

Na nova centralidade do Cacuaco, além de habitações, estarão igualmente disponíveis áreas de serviços, comércio, restauração, equipamentos sociais, de turismo, infra-estrutura urbana, indústrias, armazéns, lazer, estadia, estruturas verdes de urbanização, e rede viária urbana e estacionamento.

A jornada de campo do Presidente da República teve como segunda paragem o Quilómetro 44, zona de Sanzala Grande, no Bengo, onde está a ser edificada, a ritmo acelerado, uma nova urbe, composta por edifícios geminados de dois pisos, com apartamentos de tipo T3.

Também propriedade da Anip, o projecto habitacional contempla mais de 400 edifícios, com acessibilidades por terra para vários pontos de Luanda. A primeira fase, aprazada para Dezembro, contempla mais de dez mil habitações.

Casas de qualidade e a bom preço

A terceira e derradeira etapa da jornada foi a localidade do Zango 1, onde José Eduardo dos Santos tomou contacto com três modelos de habitações apresentados pela empreiteira chinesa China International Fund Limited. Trata-se de casas de tipo “Conforto A”, “Conforto B” e “Económico”, sendo os dois primeiros modelos compostos por três quartos, igual número de WC, cozinha, corredor e quintal.

Durante aproximadamente meia hora, o Presidente da República percorreu os compartimentos dos três modelos. As casas do tipo A têm uma área de 85,87m2 (metros quadrados), com um quintal de 600m2, e custam 60 mil dólares cada, enquanto as do tipo “Conforto B” ocupam uma área de construção de 72,44m2 e quintal de 300m2, no valor de 45 mil dólares.

As “casas Económicas” ocupam uma área de 68,7m2, de superfície, um quintal de 150m2 e possuem três quartos, uma cozinha, casa de banho, sendo o preço estipulado de 20 mil dólares. Segundo o empreiteiro, a distribuição dos quartos, a forma, cobertura de chapa betuminosa e a cor, correspondem às características africanas.

As habitações, projectadas para 50 anos (com opção para permanente), são “ajardinadas e com estilo de vida confortável, económico e seguro e enquadram-se no programa habitacional do Executivo angolano”.

O projecto habitacional está aberto ao concurso dos governos provinciais e também às entidades particulares, que podem fazer encomendas de qualquer modelo de casas para construir onde quiserem, desde que seja feita em espaços cuja titularidade esteja legalmente constituída.

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