segunda-feira, 5 de setembro de 2011

EUA reiteram que há "evidências suficientes" de que empresário moçambicano...




... Mohamed Bachir é "barão de droga

PMA - LUSA

Maputo, 05 set (Lusa) -- A embaixada dos EUA em Maputo manteve hoje que há "evidências suficientes" para considerar o empresário moçambicano Mohamed Bachir Suleman "barão de droga", apesar de a Procuradoria-Geral da República de Moçambique o ter ilibado dessas acusações.

Num comunicado que divulgou na sexta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) moçambicana anunciou não ter encontrado "indícios suficientes" de que Mohamed Bachir Suleman é um narcotraficante.

O Presidente dos EUA, Barack Obama, assinou em junho de 2010 uma lista de pessoas consideradas "narcotraficantes de grande escala", que inclui Mohamed Bachir Suleman, conhecido empresário moçambicano e mecenas do partido no poder, FRELIMO.

Após as acusações, baseadas em informações do Departamento do Tesouro norte-americano, a PGR moçambicana iniciou averiguações, das quais concluiu não haver "indícios suficientes" do envolvimento do empresário com o tráfico de drogas.

No seu relatório, a PGR diz ter encontrado apenas ilícitos de natureza fiscal e aduaneira, que serão encaminhados para a jurisdição apropriada, com vista à respetiva mresponsabilização.

Instada hoje pela Lusa em Maputo a pronunciar-se sobre as conclusões da PGR moçambicana, a Embaixada dos EUA mantém que existem "evidências suficientes para a designação do senhor Bachir como barão de droga".

"Reiteramos a nossa total confiança no processo rigoroso, conduzido por agências múltiplas do governo dos EUA no ano passado, que encontrou evidências suficientes para a designação do senhor Bachir como barão de droga", refere uma nota assinada pelo adido de Imprensa e Cultura da embaixada dos EUA, Tobias Bradford.

No comunicado, a representação diplomática norte-americana diz que as violações fiscais e aduaneiras encontradas nas atividades do grupo empresarial de Mohamed Bachir Suleman "em muitos casos servem como base para investigações de tráfico de estupefacientes e outros" atos ilegais.

"Nos últimos 10 anos, desde que a lei entrou em vigor, não houve nenhum caso de um indivíduo ter sido designado erradamente como um barão de drogas do Nível 1", sublinha a nota de imprensa.

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