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TSF
Na TSF, João Proença e Carvalho da Silva comentaram, esta manhã, as palavras do primeiro-ministro sobre a hipótese de tumultos sociais, considerando que são uma provocação.
Ao prometer mão-de-ferro perante tumultos sociais no país, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, está a contribuir para um ambiente de alarme social, criticou na TSF João Proença.
O líder da UGT condenou o que classificou de discurso intimidatório por parte do chefe de Governo que deve estar preparado para a contestação.
«É fundamental que se respeite as liberdades consagradas na Constituição, mas também criar condições para que não haja agitação social, descontentamento. É evidente que estamos num período de crise, em que é muito importante que o sacrifício seja gerido de forma equilibrada», destacou João Proença.
«E é importante também que os portugueses começem a ter esperança e não estarmos constantemente com discursos intimidatórios e que aumentam a insegurança das pessoas e que acaba por criar um clima de alarme social», frisou.
Na TSF, João Proença acrescentou que o primeiro-ministro deve dar esperança aos portugueses e não ameaça-los.
Também Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, considerou uma provocação as palavras do primeiro-ministro e avisou que o "tiro pode sair pela culatra".
«Isto mostra uma falta de segurança muito grande por parte do primeiro-ministro em relação às políticas que está a seguir e é, por isso, um indicador da ausência de rumo e de uma política que possa tirar o país do buraco em que se encontra», considerou.
«Claro que estas afirmações do primeiro-ministro são uma clara tentativa de provocar as pessoas, quem neste momento está descontente, e tentar chutar para o lado a responsabilidade. Portanto, essa tentativa de provocar e incendiar pode sair-lhe o 'tiro pela culatra'», alertou Carvalho da Silva.
Recorde-se que a CGTP tem agendada para o próximo dia 1 de Outubro uma manifestação contra o empobrecimento e as injustiças sociais.
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