segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Portugal: Líderes das centrais sindicais falam em provocação de Passos Coelho


wehavekaosinthegarden

TSF

Na TSF, João Proença e Carvalho da Silva comentaram, esta manhã, as palavras do primeiro-ministro sobre a hipótese de tumultos sociais, considerando que são uma provocação.

Ao prometer mão-de-ferro perante tumultos sociais no país, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, está a contribuir para um ambiente de alarme social, criticou na TSF João Proença.

O líder da UGT condenou o que classificou de discurso intimidatório por parte do chefe de Governo que deve estar preparado para a contestação.

«É fundamental que se respeite as liberdades consagradas na Constituição, mas também criar condições para que não haja agitação social, descontentamento. É evidente que estamos num período de crise, em que é muito importante que o sacrifício seja gerido de forma equilibrada», destacou João Proença.

«E é importante também que os portugueses começem a ter esperança e não estarmos constantemente com discursos intimidatórios e que aumentam a insegurança das pessoas e que acaba por criar um clima de alarme social», frisou.

Na TSF, João Proença acrescentou que o primeiro-ministro deve dar esperança aos portugueses e não ameaça-los.

Também Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, considerou uma provocação as palavras do primeiro-ministro e avisou que o "tiro pode sair pela culatra".

«Isto mostra uma falta de segurança muito grande por parte do primeiro-ministro em relação às políticas que está a seguir e é, por isso, um indicador da ausência de rumo e de uma política que possa tirar o país do buraco em que se encontra», considerou.

«Claro que estas afirmações do primeiro-ministro são uma clara tentativa de provocar as pessoas, quem neste momento está descontente, e tentar chutar para o lado a responsabilidade. Portanto, essa tentativa de provocar e incendiar pode sair-lhe o 'tiro pela culatra'», alertou Carvalho da Silva.

Recorde-se que a CGTP tem agendada para o próximo dia 1 de Outubro uma manifestação contra o empobrecimento e as injustiças sociais.

Sem comentários:

Mais lidas da semana