MB - LUSA
Bissau, 17 out (Lusa) - A secretária de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais da Guiné-Bissau, Gabriela Fernandes, defendeu hoje que as alfândegas têm um papel "primordial" no desenvolvimento dos países lusófonos pela sua missão de "fiscalização e controlo das mercadorias".
A governante falava na sessão de abertura da 26ª reunião dos diretores gerais das Alfândegas dos países de língua portuguesa destinada a discutir, entre outros temas, a auditoria, desalfandegamento, contrafação e pirataria, bem como controle de circulação de dinheiro líquido no espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Gabriela Fernandes considerou ainda que devido à situação mundial de dificuldade económica e financeira "é imperioso que os Estados da CPLP cooperem entre si cada vez mais", sem descurarem os "parceiros internacionais, com destaque para o FMI e o Banco Mundial".
Inalda Manjenje, diretora das Alfândegas do Lobito, região onde se situa principal porto comercial de Angola, considerou que as reuniões dos responsáveis das alfândegas do espaço lusófono permitem uma "verdadeira troca de experiências".
A responsável angolana salientou a importância das ações de formação que têm sido realizadas no âmbito da organização das direções gerais das Alfândegas lusófonas e destacou também a "grande conquista que é o PROLIP (programa de promoção da língua portuguesa na OMA- Organização Mundial das Alfândegas)".
"O PROLIP, para nós é a grande conquista dessas reuniões que é termos ao nosso dispor as matérias tratadas na OMA em língua portuguesa", notou Inalda Manjenje, opinião igualmente corroborada por Ali Dau Tumala, diretor-geral-adjunto das Alfândegas de Moçambique.
O diretor-geral das Alfândegas da Guiné-Bissau, Domenico Sanca, disse, na sua intervenção, que os países da CPLP têm recebido "uma boa assistência" da organização Mundial das Alfândegas, pelo que vão analisar, no encontro de Bissau, a possibilidade de avançarem com uma proposta de pedido de financiamento de projetos aduaneiros.
Portugal é representado no encontro por Renata Mesquita, subdiretora geral do Gabinete do Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério das Finanças.
O encontro termina na sexta-feira com a adoção da declaração de Bissau.
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