INFORPRESS - LUSA
Luanda, 20 Out (Inforpress) - A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, insistiu hoje em Luanda na necessidade de uma nova ordem mundial, que contemple a importância crescente dos países emergentes.
"A concentração do poder nas instituições multilaterais, que atualmente representam sobretudo os países desenvolvidos, é obsoleta e representa uma ordem internacional que já não existe", afirmou a estadista brasileira num discurso proferido hoje de manhã na Assembleia Nacional de Angola, no âmbito de uma visita a Luanda.
Para Dilma Rousseff, a atual ordem mundial "não reflete a realidade e a força emergente dos países em desenvolvimento", nem reflete "continentes inteiros, como a América Latina ou África".
O Brasil, lembrou a chefe de Estado, está a trabalhar numa reforma dos Nações Unidas, onde ocupa atualmente um lugar não permanente no Conselho de Segurança, embora ambicione a um assento permanente.
No mesmo sentido, o Brasil deseja a reforma das instituições financeiras multilaterais.
Dilma Rousseff chegou a Luanda na noite de quarta-feira proveniente de Maputo, onde esteve em visita bilateral e participou nas cerimónias de homenagem ao primeiro Presidente moçambicano, Samora Machel, morto há 25 anos.
Ainda hoje, a Presidente brasileira tem um encontro com o seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos, e são esperadas assinaturas em vários acordos bilaterais.
Na sessão de hoje no parlamento angolano, Dilma Rousseff recordou que “Angola é parte constitutiva da nação brasileira".
"Além de factos históricos também nos une o sentimento de alegria dos nossos povos (…) e os dois países estão condenados a andarem de mãos dadas rumo ao progresso”, afirmou a estadista que assinalou a primazia dada no Brasil à relação com os países africanos de expressão portuguesa, bem como a formação de quadros angolanos.
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