SAPO Cabo Verde
A manifestação contra os cortes de energia eléctrica terminou à porta da residência de JMN, na Prainha. Já no final, cerca de duas centenas de manifestantes gritavam palavras de ordem à porta da residência oficial do primeiro-ministro que de momento não se encontra sequer no país. Quem esteve presente no local, foi a Polícia Nacional mas cuja intervenção não foi necessária.
A manifestação começou por voltas das 19h00 na Praça Alexandre Albuquerque e juntou diversas individualidades da esfera política, mas também vários elementos da sociedade civil. Crianças, adultos, jovens e idosos juntaram-se com velas e cartazes no centro da cidade da Praia para depois rumarem numa passeata até ao edifício da Electra. No seio dos manifestantes estavam pessoas ligadas aos dois maiores partidos políticos, entre eles o presidente da Câmara da Praia, Ulisses Correia e Silva que esteve acompanhado da família e que explicou que se estava a manifestar enquanto cidadão.
Numa iniciativa convocada através da rede social Facebook e da mensagem que passou de "boca em boca", várias centenas de praienses saíram à rua para mostrar o seu desagrado com a situação actual da energia eléctrica em Cabo Verde.
Desta vez mais pessoas deram a cara pela causa, mas na mesma os praienses não aderiram em massa à manifestação. Era possível ver entre os manifestantes muitas crianças e jovens a reivindicar um melhor fornecimento de água e luz na capital e no país.
Para Evandry de Jesus Gomes, um dos manifestantes, o facto de algumas pessoas apontarem as represálias no local de trabalho como uma causa para não saírem à rua é "uma desculpa" e explica: "No meu trabalho não há hipótese de ninguém ser despedido por causa disso"."Até porque as próprias instituições estão descontentes", acrescenta.
Para Evandry de Jesus Gomes, um dos manifestantes, o facto de algumas pessoas apontarem as represálias no local de trabalho como uma causa para não saírem à rua é "uma desculpa" e explica: "No meu trabalho não há hipótese de ninguém ser despedido por causa disso"."Até porque as próprias instituições estão descontentes", acrescenta.
"Precisamos de resolver este problema de electricidade aqui na cidade da Praia", afirmou o presidente da Câmara da Praia que esteve presente no meio da manifestação, aquando da concentração na Praça Alexandre Albuquerque. UCS explicou que as alegada dívidas das câmaras municipais à Electra é uma "desculpa de mau pagador" e acrescentou:"Electra deve-nos muito mais do que aquilo que a Câmara Municipal deve à Electra".
Para o edil da capital do país, Fevereiro de 2012 não é uma data aceitável. UCS criticou as medidas propostas pelo Governo e afirmou que é preciso investir mais, melhorar o sistema de distribuição e aumentar a capacidade de produção. "A Electra precisa de ter uma gestão melhor, as coisas acontecem e as caras continuam lá (...)", afirmou descontente o presidente da CMP que desabafou que também sofre com esta situação e que está disposto a sair à rua mais vezes.
Para o edil da capital do país, Fevereiro de 2012 não é uma data aceitável. UCS criticou as medidas propostas pelo Governo e afirmou que é preciso investir mais, melhorar o sistema de distribuição e aumentar a capacidade de produção. "A Electra precisa de ter uma gestão melhor, as coisas acontecem e as caras continuam lá (...)", afirmou descontente o presidente da CMP que desabafou que também sofre com esta situação e que está disposto a sair à rua mais vezes.
Depois de dar uma meia volta à praça, a caminhada prosseguiu até à Electra para depois seguir para a residência oficial do primeiro-ministro, que se encontra ausente do pais por motivos de saúde. Os manifestantes gritavam: “abaixo o ministro (Humberto Brito)”, “ou luz ou vai-te embora”, “luz e água, factores de desenvolvimento”, "viemos buscar o gerador” e “se Cabral fosse vivo as coisas não estavam assim”, entre outras palavras de ordem.
De realçar que esta é uma manifestação de carácter cívico onde a população praiense não aderiu em massa, mas o número de cidadãos foi significativamente maior do que na primeira manifestação que ocorreu anteriormente.
A manifestação foi acompanhada por um carro da Polícia Nacional. Na Electra da Várzea, esteve presente um corpo policial de cerca de uma dezena de homens Na residência oficial do PM, o contingente foi menor, com cerca de dez homens no local.
Esta é a segunda manifestação convocada este ano para protestar contra a falta de electricidade e a pedir uma solução do executivo perante os problemas da Electra. Trata-se de uma iniciativa de cidadãos anónimos. Curiosamente, hoje não houve falta de luz generalizada, na capital, pelo menos.
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