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Díli, 19 out (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste afirmou na terça-feira em Juba, Sudão do Sul, que é "mais fácil incendiar uma casa do que construir uma, da mesma forma que é mais fácil fazer descarrilar um Estado do que desenvolver um".
Xanana Gusmão falava durante o retiro ministerial do g7+, que juntou na capital da mais nova nação do mundo representantes de 17 Estados frágeis.
No seu discurso, a que a Agência Lusa teve hoje acesso, Xanana Gusmão partilhou a experiência da construção do Estado de Timor-Leste, recordando os incidentes de 2006.
Em 2006, uma crise política e de segurança culminou com confrontos armados e com a queda do Governo da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (FRETILI), liderado por Mari Alkatiri.
"Sabemos, pela nossa experiência dolorosa, que é mais fácil incendiar uma casa do que construir uma, da mesma forma que é mais fácil descarrilar um Estado do que desenvolver um", disse o chefe do Governo, numa alusão ao número de casas incendiadas em Timor-Leste durante a crise de 2006.
O primeiro-ministro timorense disse, contudo, acreditar que Timor-Leste se está a "tornar uma sociedade mais estável, pacífica e tolerante", apesar de ser uma "nação frágil".
No discurso, Xanana Gusmão destacou também a importância do próximo ano para o país, que irá organizar as terceiras eleições democráticas.
"Estamos confiantes de que elas irão decorrer de forma pacífica, porém precisamos de continuar atentos", disse.
Ao Sudão do Sul, o primeiro-ministro timorense garantiu "fazer tudo o que estiver ao alcance" dos timorenses para ajudar o mais novo país do mundo a "tornar-se num Estado forte, bem sucedido e pacífico".
Sobre o retiro ministerial do g7+, Xanana Gusmão disse que o encontro é o "passo mais importante para a consolidação e para o futuro" do grupo.
"Se este órgão vai ter sucesso nos seus objetivos ou se vai desaparecer com o tempo depende de nós. Somente juntos, falando a uma só voz e agindo como um grupo, poderemos mudar a forma como a ajuda é prestada", sublinhou.
Durante a sua estada no Sudão do Sul, Xanana Gusmão manteve também encontros com as autoridades, nomeadamente com o Presidente, Salva Kiir.
Os dois países estabeleceram oficialmente relações diplomáticas no passado dia 13.
2 comentários:
Caro Alexandre Gusmão,
Aqui a Lucrécia não poderia estar mais de acordo consigo. Construir um estado é mais dificil do que vencer o exército Indonésio, mas voçês apesar de todos os contratempos estão a conseguir.
Aqui a Lucrécia vai-lhe pedir dois favores:
- mande arranjar as estradas, sem estradas o desenvolvimento dos Distritos é impossível.
- Não deixe que os seus Ministros continuem a roubar e mande embora o primeiro, os outros acobardam-se e deixam de roubar. Siga o exemplo da Dilma.
Beijinhos da Querida Lucrécia
SIM, SR. XANANA. E PORISSO QUE O SR. NAO DEVE CONTINUAR A INCENDIAR O POVU FALANDO BASTERIAS ASSIM COMO "LORO-MONU MESAK MILISIA NIAN OAN NO LORAO-SAE DEIT MAKA HALO FUNU ATU UKUN AAN".
O SR. SABE PREGAR MAS NAO SABE SEGUIR O QUE O SR. PREGA!!
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