quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Efeméride – GUINÉ EQUATORIAL ESTÁ INDEPENDENTE HÁ 43 ANOS




ANGOLA PRESS

Luanda - A República da Guiné Equatorial comemora hoje, 12 de Outubro, o seu quadragésimo segundo aniversário, desde que se tornou independente, em 1968, da colónia espanhola. 

Em 1471 os navegantes portugueses foram os primeiros europeus que exploraram o golfo de Guiné. Fernão do Pó situou, no mesmo ano, a ilha de Bioko nos mapas europeus, procurando uma rota para a Índia.

Em 1493, D. João II de Portugal proclamou-se juntamente ao resto dos seus títulos reais como Senhor de Guiné e o primeiro Senhor de Corisco.

Os portugueses colonizaram as ilhas de Bioko, Annobón e Corisco em 1494, e converteram-nas em postos para o tráfico de escravos.
 
As ilhas permaneceram em mãos portuguesas até Março de 1778, depois dos tratados de San Ildefonso (1777) e do Pardo (1778), pelos quais cediam-se a Espanha as ilhas, juntamente com os direitos de livre comércio num sector da costa do Golfo de Guiné entre os rios Níger e Ogooué, a mudança da disputada Colónia do Sacramento.

Em 1909, as colónias espanholas de Elobey, Annobón, Corisco, Fernando Póo e Guinea Continental Espanhola uniram-se sob uma administração única, formando os territórios Espanholes del Golfo de Guinea ou Guinea Espanhola.

Em 1935, a colónia foi subdividida em dois distritos: Fernando Pó (a ilha de Annobón, com a capital Santa Isabel) e Guinea Continental (com a capital Bata, e as pequenas ilhas de Corisco e Elobey).

Em 1960, os dois distritos tornaram-se províncias ultramarinas de Espanha e designadas Fernando Pó e Rio Muni.

Em 1963 as províncias foram combinadas na região autónoma da Guinea Ecuatorial e, finalmente, em 12 de Outubro de 1968 tornaram-se num país independente.
 
Depois da independência, o país foi governado, por dez anos, na década de 1970, por Francisco Nguema, até que, em 1979, foi deposto. A Guiné Equatorial é um país da África ocidental, dividido em três territórios descontínuos, um continental e os restantes insulares.

A norte, no Golfo da Guiné, a ilha de Bioko é o território mais importante e alberga a capital do país, Malabo. O vizinho mais próximo é os Camarões, a nordeste, seguindo-se a Nigéria, a noroeste, Mbini, a sueste, e São Tomé e Príncipe, a sudoeste.
 
O segundo território é a parte continental do país, Mbini, encravado entre os Camarões, a norte, o Gabão a leste e sul e o Golfo da Guiné a oeste.
 
Partes deste território estão mais próximas de São Tomé e Príncipe do que de Bioko. Finalmente, a sudoeste, a pequena ilha de Pagalu completa o país, tendo como vizinhos mais próximos São Tomé e Príncipe, a nordeste, e o Gabão a leste.

O presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, decretou que o português seria uma das línguas oficiais, ao lado do espanhol e do francês, condição prévia para poder entrar na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A Guiné Equatorial deseja ainda o apoio dos oito países membros (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) para difundir o ensino da língua portuguesa no país, para formação profissional e acolhimento dos seus estudantes pelos países da comunidade lusófona.

A Guiné Equatorial tem ainda o maior PIB per capita do continente Africano, embora o seu Índice de Desenvolvimento Humano seja ainda muito baixo.

A principal riqueza da Guiné Equatorial é a agricultura e a pesca, com produtos como o algodão, café, cana-de-açúcar, várias frutas etc. Também depende do gado, da exportação de madeira e de minerais.
 
Desde o fim do século XX, com a exportação de petróleo, a renda per capita tem aumentado espectacularmente, ainda que a riqueza se concentre nas mãos de uma minoria, em sua maior parte propriedade do clã no governo ou de companhias internacionais.
 
A exportação do barril por habitante é similar a do Kuwait. A Guiné Equatorial tem uma população jovem (45% não supera os 15 anos) com uma taxa de natalidade por volta de 42 por mil e uma taxa de mortalidade de 16 por mil.

A esperança de vida é de 49 anos para os homens e 53 para as mulheres. Em torno de 4% da população tem mais de 65 anos.
 
A taxa de alfabetização entre os adultos estava em 1992 em 52%, mas teria subido para 80% até 1999. A maioria da população ainda vive nas zonas rurais.

O país é de maioria católica, reflectindo assim, o colonialismo ocidental. 88,8% da população intitula-se católica e 4,6% têm religiões tribais. Já o islamismo representa apenas 0,5% da população, enquanto que os ateus representam 5,9% da população.

O actual presidente da República é Teodoro Obiang, no poder desde 1979.

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