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Díli, 06 out (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, considerou que o dia de hoje "fica assinalado na história das FALINTIL-FDTL como o princípio da mais importante mudança da liderança militar desde a restauração da independência".
"A passagem do senhor major-general Taur Matan Ruak à disponibilidade e à vida civil corresponde ao início de um processo que conduzirá a uma mudança gradual de geração no topo da liderança militar. Os veteranos da guerra de libertação darão, pouco a pouco, lugar à nova geração", afirmou o chefe de Estado timorense.
José Ramos-Horta falava na cerimónia de saída de Taur Matan Ruak e de tomada de posse das novas chefias militares do país.
"O General Lere Anan Timur herda hoje a elevada responsabilidade do comando máximo de uma força militar que está entre as instituições mais respeitadas na Nação. Com a direção e orientação estratégica impulsionada por Kay Rala Xanana Gusmão e continuada pelo general Taur Matan Ruak, as FALINTIL-FDTL tornaram-se uma força isenta, apartidária, prestigiada e que inspira confiança a toda a Nação", continuou José Ramos-Horta.
No seu discurso, Ramos-Horta lembrou também a crise política e de segurança em 2006, quando decidiu que as forças de defesa deviam tomar posições estratégicas em Díli.
"Foi, talvez, uma situação inédita - chamar militares a protegerem o governo civil, democrático, legítimo. Mas a situação resultou e teve ainda o efeito salutar de ajudar a restaurar o moral das forças e a auto-confiança dos seus homens, cujo orgulho saíra ferido da crise interna", salientou Ramos-Horta.
Para o Presidente timorense, "devido à herança de Kay Rala Xanana Gusmão e de Taur Matan Ruak, as FALINTIL-FDTL estão na linha da frente da estabilidade" e o país na linha da frente do desenvolvimento social pacífico.
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