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Díli, 06 out (Lusa) - Lere Anan Timur, novo chefe das Forças de Defesa de Timor-Leste, considera que quando há apoio nada é difícil e que a aposta nos recursos humanos é determinante para a profissionalização dos militares timorenses.
Em entrevista à agência Lusa, o major-general, hoje promovido, começou por explicar que a "transição de um comando para um outro comando é normal para qualquer instituição".
Questionado pela agência Lusa se será difícil substituir o major-general Taur Matan Ruak, que pediu a demissão do cargo no final de agosto, Lere Ana Timur explicou que "não é difícil" quando se trabalha em conjunto.
"Não é difícil. É difícil, como disse, quando nós trabalhamos isoladamente. Mas quando estamos juntos, quando há uma direção coletiva, um bloco da direção bem sólido eu penso que tudo é possível", afirmou o major-general.
O novo chefe das forças de defesa de Timor-Leste disse também que não vai trabalhar "isolado".
"Eu vou trabalhar com outros meus camaradas, companheiros, militares e eles vão apoiar-me e nós vamos apoiar-nos mutuamente", disse.
Ainda em relação ao major-general Taur Matan Ruak, o novo chefe das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste disse que a "instituição conta sempre com ele".
"Ele foi o primeiro comandante e contamos com ele, porque a instituição é sempre dele e como ele disse ele vai deixar metade do coração junto à instituição", salientou.
Sobre o que considera ser a grande prioridade das forças de defesa de Timor-Leste, Lere Anan Timur destacou o fator humano e a sua formação.
"Para desenvolver uma instituição e em particular, as forças de defesa de Timor-Leste, para serem profissionalizadas é preciso incidir a maior atenção nos recursos humanos ou como uma preocupação prioritária para a instituição", afirmou.
Segundo o major-general, só "tendo recursos humanos capacitados, treinados é que se pode profissionalizar recursos humanos".
Para Lere Anan Timur, o Estado, o governo, "sem dúvida, que vão querer condições para que as Forças de Defesa de Timor-Leste possam cumprir cabalmente a sua missão".
"Quanto mais o Estado ou Governo criarem condições mais responsabilidade, mais exigências o governo fará a esta instituição", disse.
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