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Pelo menos cinco cidadãos chineses foram mortos este ano em Angola, em assaltos à mão armada e em roubos. A última vítima foi o proprietário de uma pequena empresa de construção, morto a tiro, domingo, em Luanda.
Lou Yonzhen ia a conduzir quando "um homem negro o obrigou a parar, partiu a janela do automóvel e lhe deu dois tiros na cabeça", contou a irmã mais nova da vítima, Lou Aili, citada na imprensa de Pequim.
A embaixada chinesa em Angola pediu à polícia de Luanda "uma investigação imediata" sobre o caso.
Segundo Zhang Yan, responsável pelos assuntos consulares da Embaixada da China em Luanda, "os crimes contra trabalhadores e empresários chineses em Angola", nomeadamente assaltos à mão armada, "já provocaram este ano, pelo menos, cinco mortos".
"Onda de crimes em Angola está a crescer", escreve, esta quarta-feira o "Global Times", jornal de língua inglesa do grupo "Diário do Povo", o órgão central do Partido Comunista Chinês.
O presidente da Associação de Empresários Chineses em Angola, Xu Ning, afirmou à agência noticiosa Xinhua que "a segurança piorou depois de 2009, quando se começaram a sentir os efeitos da crise financeira global".
O empresário considera que a "vaga de crimes" não visa especificamente os seus compatriotas, mas, dado o seu elevado número, a comunidade chinesa acaba por estar em evidência.
Já há cerca de dois anos, um jornal de Pequim alertou que trabalhadores chineses em Angola estavam a ser "frequentemente assaltados por 'gangues' armados".
Dezenas de milhares de chineses trabalham em Angola, nomeadamente na construção e reparação de estradas, caminhos-de-ferro e outras infraestruturas.
Angola é também o maior fornecedor de petróleo a Angola, à frente da Arábia Saudita.
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