domingo, 30 de outubro de 2011

PÊNALTI DE ORLANDO SILVA




ROMEU PRISCO, São Paulo – DIRETO DA REDAÇÃO

São Paulo (SP) - O jogador Orlando Silva, cujo passe pertence ao PCdoB F.C., embora sendo atacante, sempre que recua para ajudar a defesa, acaba cometendo pênalti, sem nunca ter recebido cartão vermelho. A sua primeira penalidade máxima aconteceu numa excursão ao exterior, quando, inconformado com as acomodações destinadas à delegação, foi hospedar-se nas luxuosas dependências de um transatlântico de turismo, ancorado no porto local. Quem pagou as despesas, obviamente, foi a Federação da República Brasileira.

Além de não marcar nenhum gol, agora praticou, sucessivamente, mais duas penalidades. Orlando Silva constituiu, sem dúvida, um erro de convocação do consagrado e vitorioso técnico Lula, que a treinadora Dilma se viu obrigada a manter no elenco da seleção nacional. Será que, pelo menos, reservadamente, recebeu mais um cartão amarelo, o que decretaria a sua suspensão e proibição de atuar nos próximos jogos ? Assim pensa a FIFA, que se recusa a vê-lo como capitão da elite canarinha.

Como na maioria dos esportes, no gerenciamento da administração pública também existem amadores e profissionais, estes, infelizmente, em número reduzido, tipo Henrique Meirelles e Guido Mantega, cujas qualificações sobejam os cargos que ocuparam e ocupam. Se houvesse uma categoria abaixo de "amador", nela Orlando Silva estaria incluído. No seu pobre currículo nada consta que o aproxime dos esportes, nem mesmo como praticante nos fins de semana. Talvez, na intimidade, tenha jogado tênis de mesa, vulgarmente conhecido por "pingue-pongue", ou pebolim.

Formado em direito, na sua trajetória escolar foi militante esquerdista, daqueles que mais se preocupam em encabeçar movimentos de protesto e de ocupação, nada construtivos. Inclusive, tentou, sem sucesso, inviabilizar judicialmente um "provão", através de ação direta de inconstitucionalidade, rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal.

Depois da obtenção do diploma de bacharel em ciências jurídicas e sociais, não se sabe se exerceu a atividade, se fez estágios, ou se passou por experiências públicas e privadas na área legal. Parece ter aderido diretamente à política, sempre filiado ao PCdoB, com o Ministério dos Esportes caindo-lhe no colo, em função de nebulosos acordos da "base de sustentação do governo federal".

Por isso, apesar da sua instrução acadêmica, nega, peremptoriamente, a existência de qualquer prova das acusações que sofre. Não lhe assiste razão. Existe, sim, a prova testemunhal do policial João Dias Ferreira. Pouco importa se verdadeira ou falsa, mas é meio de prova. Se vier a ser proposta uma ação penal, a denúncia será oferecida pelo Ministério Público, que, certamente, arrolará como testemunha João Dias Ferreira.

Quanto às "medidas" adotadas por Orlando Silva, no âmbito do seu Ministério, para "rigorosa" apuração da prática de corrupção pela cúpula ministerial, a iniciativa chega a ser risível. Quem vai apurar o que, contra quem ?!

Orlando Silva não pode pretender para si próprio, menos ainda os seus tutores, uma carreira política meteórica, que nem o gênio de Luis Inácio Lula da Silva conseguiu. O PT dispõe, em São Paulo, de uma "Escola de Governo". Eis aí o que pode ser um bom recomeço para Orlando Silva.

* Paulistano, advogado e ator, dedica-se, atualmente, à arte de escrever artigos, crônicas, contos e poemas, publicados em espaços literários e jornalísticos, impressos e virtuais. Define-se como um sonhador, que ainda acredita nos seus sonhos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Historicamente, os comunistas brasileiros sempre consideraram o Futebol alienante. Mas foi só eles descobriram como isso rende para cairem de boca nisso, controlando um ministério.

Quem quizer, que acredite na inocência desse senhor. Nunca antes na história deste país, tantos ministros caíram.

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