terça-feira, 11 de outubro de 2011

PRIMEIRA EXPOSIÇÃO DO FOTOJORNALISTA ANTÓNIO COTRIM MOSTRA “ROSTOS DE TIMOR”





A "marca de sofrimento e ao mesmo tempo de esperança" que o fotojornalista António Cotrim encontrou nos rostos que fotografou em 2007 em Timor-Leste fez surgir a ideia de realizar aquela que é a sua primeira exposição individual.

A exposição "Rostos de Timor" é inaugurada hoje às 18:30, no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa, e é constituída por doze fotografias a cor, de rostos de timorenses que António Cotrim captou durante uma reportagem da Agência Lusa na região de Baucau.

"A ideia para a exposição partiu de olhar os rostos e ver neles uma marca de sofrimento e ao mesmo tempo de esperança", contou.

António Cotrim começou a trabalhar na área da comunicação social em 1974, tendo passado pelas agências noticiosas Lusitânia, ANOP, Notícias de Portugal e Lusa, onde trabalha atualmente. Colaborou também com o semanário Tal & Qual e o desportivo O Record.

Referindo-se à reportagem feita em 2007 afirmou: "O que mais me marcou em Timor foi o povo que, após longos anos de sofrimento, enfrenta o dia a dia com um sorriso nos lábios, e marcou-me imenso a alegria do povo de Lorosae por ouvir e falar português".

No texto que acompanha a exposição lê-se: "As fotografias de António Cotrim revelam a capacidade de fixar uma imagem que emociona, que nos afeta e comove. Um rosto que surge definido e luminoso na sagacidade de quem captou o instante".

O fotógrafo foi já distinguido com duas menções honrosas, uma do Clube Português de Imprensa, na categoria de fotorreportagem, em 2001, e outra do Prémio Europeu de Fotografia Fujifilm, na categoria de desporto, em 2004.

A mesma nota refere que o "talento e trabalho" de António Cotrim têm sido "reconhecidos com a publicação de fotografias de sua autoria em vários livros, folhetos, catálogos e postais, sem contar com as inúmeras edições em jornais e revistas, tanto nacionais como internacionais".

Quanto à experiência profissional de Timor-Leste, o fotógrafo afirmou que guarda "com gratidão" a memória "de um povo que, nada tendo, não hesita dar o coração para acolher quem o visita".

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