RTP
A futura missão das Nações Unidas em Timor-Leste, sucessora da UNMIT, vai começar a tomar forma nas próximas semanas, durante a presidência portuguesa do Conselho de Segurança, em novembro, disse à Lusa o embaixador de Portugal na ONU.
O debate de alto nível agendado para 22 de novembro pela presidência portuguesa, Moraes Cabral afirma "não será de rotina" e produzirá "com certeza algo de concreto em termos de orientações do Conselho para o mandato da próxima missão em Timor-Leste".
"É preciso ouvir os timorenses, qual o modelo que propõem, objetivos", disse o diplomata em entrevista à Lusa.
As autoridades de Timor-Leste e a representante do secretário-geral da ONU em Díli, Ameerah Haq, assinaram a 19 de setembro o Plano de Transição da Missão Integrada das Nações Unidas (UNMIT) para o país, que termina em dezembro de 2012.
O acordo abre a possibilidade de uma outra missão, política ou de paz, cuja composição será decidida pelo próximo governo saído das eleições de julho ou agosto de 2012.
Também o dossier da Guiné-Bissau irá subir ao Conselho de Segurança no próximo mês, mas apenas para as consultas periódicas sobre o processo de paz no país.
A presidência portuguesa vai organizar ainda debates de alto nível sobre o Estado de Direito e sobre a Protecção de Civis, que se realizam anualmente.
O debate sobre Timor foi "herdado com grande gosto" da anterior presidência, a nigeriana, que não conseguiu encaixá-lo na sua agenda.
Introduzidos por Portugal para debates serão os temas dos Métodos de Trabalho, cujo comité especializado deverá ser presidido por Portugal no próximo ano, e os Novos Riscos para a Segurança e Paz Internacional.
Este último visa "dar alguma coerência" a outras discussões que têm tido lugar no Conselho este ano, como os impactos na segurança internacional de pandemias, do desenvolvimento, crime internacional e alterações climáticas.
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