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Banguecoque, 22 out (Lusa) -- A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que a Tailândia está, como todos os países com grandes inundações, a correr grande risco de apresentar grandes epidemias.
Maureen Birminghan, representante da ONU no país, disse que aumentou o risco de diarreias, doenças respiratórias e conjuntivites, assim como a dengue e doenças dermatológicas.
"Esses riscos estão presentes", indicou a responsável da ONU, citada por agências internacionais, acrescentando que ainda nenhuma grande epidemia foi detetada.
O perigo principal está na água, segundo Maureen Birminghan, acrescentando que a população deve evitar de nadar, pescar e ter cuidado com as eletrocussões, assim como com as mordeduras de serpentes.
A capital está a sofrer menos com as inundações depois das autoridades terem aberto as comportas de canais e rios, permitindo o escoamento das águas para o Golfo da Tailândia.
"Banguecoque está a correr os mesmos riscos que outras zonas mais inundadas", explicou a responsável da ONU, referindo que a capital é um enorme centro urbano dependente de uma cadeia de suprimentos.
"Muitas agências (das Nações Unidas) estão conscientes de que haverá necessidades importantes no país", finalizou.
As inundações na Tailândia, que já causaram mais de 300 mortos desde julho, deverão durar quatro a seis semanas, indicou hoje o governo.
"A primeira-ministra Yingluck Shinawatra disse que a situação geral das inundações no país deverá durar quatro a seis semanas", indicou Titima Chaisang, porta-voz do governo.
As inundações, que afetam um terço das 77 províncias da Tailândia, são consideradas as mais graves dos últimos 50 anos no país.
Na sexta-feira o governo declarou o estado de desastre e pediu aos habitantes de Banguecoque para protegerem os seus bens, colocando-os em sítios elevados, tendo reforçado a segurança do aeroporto e edifícios públicos.
Entretanto as autoridades foram forçadas a abrir os diques e a inundar a zona norte da capital de forma a acelerar o escoamento da água das cheias para o mar.
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