TSF
A próxima campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome acontece este fim-de-semana, 26 e 27 de Novembro, nos supermercados nacionais. Nesta fotogaleria encontramos múltiplas perspectivas de ver a pobreza, um fenómeno mundial que se agrava em tempos de crise. (TSF)
O FINAR DA DEMOCRACIA
ANTÓNIO VERÍSSIMO
Não deviamos precisar de Bancos Contra a Fome, nem de andarem a "brincar à caridadesinha" se existisse transparência, honestidade, justiça, democracia de facto... Esta fotogaleria no site da TSF dá para nos tirar o sono, independentemente da boa qualidade das fotografias. Tirarará o sono principalmente aos que já estão no limiar da pobreza em Portugal e por todo o mundo, os milhões que já não comem, que perecem pela fome, esses, que já nem têm oportunidade de ver estas fotografias nem a eles próprios a definhar.
É impressionante e repugnante como a humanidade está a perecer por vontade de uns quantos gananciosos em criminosos conluios com governantes. Este é o maior crime dos de colarinho branco a que podemos assistir na história da humanidade, não é a primeira vez que acontece, mas exatamente por isso facilmente podemos deduzir que só por conluios e pela existência de mentes criminosas é que os políticos não optam por medidas que nem possibilitassem que estas situações se repetissem. Mas repetem-se. Nos tempos desta modernidade da ganância dita neoliberal, que não é menos que fascizante no desembocar dos objetivos, os políticos mundiais deviam pintar a cara de negro - o negro da fome, o negro do desemprego, o negro de tanto roubarem e de tanta ganância, o negro das carências dos povos em saúde, em educação, o negro da falta de decência e de vergonha que os recheia – por fotografias destas, na fotogaleria da TSF e em muitas mais publicações. São eles os principais causadores pelo consentimento desta ditadura fascizante dos “mercados”. Mercados para quem trabalham ou trabalharam e agora os representam, após serem eleitos (os que são) por via de promessas vãs e ilusórias, por via de mentiras em campanhas eleitorais que no dia seguinte a tomarem posse se começam a constatar.
Por essas e outras razões há quem os apelide disto e daquilo, do piorio. Em Portugal temos um mais que comprovado Bando de Mentirosos, uns sem-vergonha que têm vindo a causar o colapso do país às ordens de interesses adversos aos portugueses, é assim um pouco por toda a parte na Europa e em outras partes do mundo com o pretexto da crise. O objetivo será regressarmos a um esclavagismo mascarado com eleições vencidas por aldrabões, por safados, através de safadices. Em Portugal o nojo espraia-se e espelha-se sempre que os governantes se reúnem em conselho de ministros ou em qualquer das suas presenças na Assembleia da República. É assim em Portugal e em muitos outros países. A democracia há muito que está moribunda e com os atuais políticos, de tão desonestos, gananciosos e absolutos que são, bem podem os sinos tocar a defunto pelo seu finar.
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