domingo, 13 de novembro de 2011

Brasil: FAMÍLIAS SÃO DESALOJADAS DE OCUPAÇÃO EM SÃO PAULO




PULSAR

Após a realização de ocupações simultâneas de prédios abandonados em São Paulo, a polícia realizou ontem (10) a desocupação de um dos 10 prédios, localizado na avenida São João. As famílias saíram pacificamente, mas temem a falta de assistência.

O prédio, que contava com cerca de 300 pessoas na ocupação, no momento da reintegração de posse tinha cerca de 50 pessoas. A coordenadora do União dos Movimentos de Moradia (UMM), Sueli Batista, demonstrou preocupação com a ação realizada em horário comercial.

Ela teme que as pessoas que não tiveram os nomes recolhidos pelas assistentes  sociais da prefeitura não sejam devidamente cadastradas para receber assistência.

O deputado estadual Simão Pedro (PT), um dos coordenadores da Frente de Habitação Popular e Reforma Urbana, garantiu que a questão da assistência a todos que ocuparam o prédio será tema de debate entre o secretário municipal de habitação, Ricardo Pereira Leite, parlamentares da oposição e lideranças dos movimentos por moradia.

O deputado também afirmou que os movimentos irão redistribuir as famílias para os outros prédios ocupados. Simão acusou a atual prefeitura de São Paulo de inoperância em relação às questões de habitação popular, o que só serviria “para aumentar a especulação imobiliária”.

O dirigente nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, não acredita que possa surgir alguma solução por parte da secretaria da Habitação. Para ele, não existe alternativa a não ser “ocupar quantas vezes for necessário”.

Gegê ressalta que os agentes da prefeitura de São Paulo não cumpriram com a ordem da juíza que, ao decretar a reintegração de posse, exigiu a assistência imediata às famílias. (pulsar/fórum)

Sem comentários:

Mais lidas da semana