PULSAR
Após a realização de ocupações simultâneas de prédios abandonados em São Paulo, a polícia realizou ontem (10) a desocupação de um dos 10 prédios, localizado na avenida São João. As famílias saíram pacificamente, mas temem a falta de assistência.
O prédio, que contava com cerca de 300 pessoas na ocupação, no momento da reintegração de posse tinha cerca de 50 pessoas. A coordenadora do União dos Movimentos de Moradia (UMM), Sueli Batista, demonstrou preocupação com a ação realizada em horário comercial.
Ela teme que as pessoas que não tiveram os nomes recolhidos pelas assistentes sociais da prefeitura não sejam devidamente cadastradas para receber assistência.
O deputado estadual Simão Pedro (PT), um dos coordenadores da Frente de Habitação Popular e Reforma Urbana, garantiu que a questão da assistência a todos que ocuparam o prédio será tema de debate entre o secretário municipal de habitação, Ricardo Pereira Leite, parlamentares da oposição e lideranças dos movimentos por moradia.
O deputado também afirmou que os movimentos irão redistribuir as famílias para os outros prédios ocupados. Simão acusou a atual prefeitura de São Paulo de inoperância em relação às questões de habitação popular, o que só serviria “para aumentar a especulação imobiliária”.
O dirigente nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, não acredita que possa surgir alguma solução por parte da secretaria da Habitação. Para ele, não existe alternativa a não ser “ocupar quantas vezes for necessário”.
Gegê ressalta que os agentes da prefeitura de São Paulo não cumpriram com a ordem da juíza que, ao decretar a reintegração de posse, exigiu a assistência imediata às famílias. (pulsar/fórum)
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