quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Brasil: O ÍNDICE DE CRIMINALIDADE É ALTO PORQUE O CONGRESSO É FROUXO!





Convenientemente frouxo. Isso mesmo, frouxo, covarde, com poucas exceções de parlamentares que nem conseguem erguer a voz para defender a sociedade que morre todos os dias nas mãos de quem deveria estar na cadeia. Isso mesmo, cadeia e esta foi criada para isolar do seio da sociedade elementos incapacitados de obedecerem às regras da coexistência pacífica, esse é o objetivo primordial da prisão e não a recuperação do preso, isso é assunto interno, se houve bom comportamento durante o confinamento, que receba os benefícios lá dentro e não usufruindo uma liberdade à qual não tem direito.

Não só a composição atual das duas Casas legislativas deixa a desejar, essa pasmaceira vem desde suas raízes pois não havia o menor interesse em punir ou segregar o indivíduo que não sabia se comportar em grupo, diferentemente de outras espécies onde quem não obedecer às regras fica isolado, como se pode observar em vários estudos de bandos de felinos, primatas, insetos,etc.

Por falar em animais, o Homem é um primata, infelizmente tivemos uma formação cultural alicerçada na religião, o que nos levou ao antropocentrismo, um erro fenomenal para o desenvolvimento humano, tivéssemos ouvido Darwin a situação seria outra.


Se tivéssemos estruturado uma sociedade em busca da sobrevivência o que não ocorreu na formação desse país que ainda busca ser uma Nação, teria sido diferente, contudo, ao contrário, a base da nossa cultura de grupo foi a farinha é pouca meu pirão primeiro, a terra do Pau Brasil era uma fonte inesgotável de recursos naturais, simples campo de exploração, cada um querendo seu quinhão; fomos mercantilistas, mercenários desde a primeira pegada em solo tupiniquim, daí pro levar vantagem em tudo foi um passo, uma filosofia reinante até os dias de hoje.

Mas voltemos ao ano de 2011, uma calamidade pública, um desastre social resultante do paternalismo dos políticos que se acovardam diante da necessidade de políticas públicas de segurança mais enérgicas, sérias, onde a realidade não pode ser descartada para dar lugar à demagogia.

Vivemos o pavor de sair às ruas, vivemos atrás de grades, estamos assistindo diariamente mortes estúpidas e assassinos soltos sob as mais variadas alegações, todas acobertadas por um Código Penal do tempo que vovó era virgem adornado pela Lei de Execuções Penais que premia o criminoso, abre brechas, rombos para autenticar a impunidade… e o Congresso de frouxos nada faz a não ser correr atrás das tais verbas orçamentárias, grana essa que chega aos municípios – nas bases eleitorais – o princípio que dá origem à grande corrupção em sua totalidade, tudo começa nessa esfera onde estão os eleitores e a chave é essa… os eleitores, por que aborrecê-los com regras sociais que permitam uma coexistência harmoniosa? É melhor construir uma imagem de bonzinho e ganhar votos, assim como os pais que não impõem regras, no entanto, criam problemas para o futuro dos filhos.

Alguns conceitos devem ser revistos, revisados, corrigidos como no caso do auxílio reclusão, progressão de pena, réu primário(?) indultos de um modo geral e o tal de ECA deve ser revogado, incendiado e excomungado, para que não precisemos criar uma Justiça paralela.

Até quando a classe média vai ser a vítima nessa transação financeiro-eleitoral onde o muito rico não vai pra cadeia porque é muito rico e o muito pobre não vai pra cadeia porque representa uma classe numerosa em número de votos?
Pois é, entre o mar e o rochedo, a classe média se esfola toda.

É nisso que dá viver num dos dez países mais corruptos do mundo, país sem líderes, sem macho que tenha coragem de enfrentar o seríssimo caos que a impunidade está causando onde professores são agredidos, espancados, “dimenores” usando e abusando da excessiva liberdade de empunhar uma arma e matar sem nenhuma punição.

A sociedade pode e deve reagir.

*Marli Moraes, carioca da gema, é dona de casa, presidente da Resgato, sociedade civil sem fins lucrativos e ativista pelos direitos dos animais. http://resgato.blogspot.com - http://ongresgato.blogspot.com

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo em gênero número e grau, mas acredito que as mudanças precisam ser exigidas com mais afinco.
Começando com a interpretação do voto nulo. Hoje o voto nulo tem o mesmo efeito do voto em branco. Ou seja, NADA! Voto nulo deveria significar: Não Aceito os Candidatos. Voto em branco significaria: Aceito qualquer um dos candidatos.
O direito de defesa. Isso na lei, hoje, está um absurdo. O cidadão de bem só pode se defender com tubo de jornal e pano contra uma arma de fogo que o marginal traz na cintura. Isso não é defesa! É suicídio!
Ao ver um assalto o cidadão comum deve chamar a polícia. Se ele decidir frustrar um assalto (usando pedras e estilingues) então ele pode pegar cadeia por agressão e ato doloso. Ou seja, para a lei atual, o marginal deve ser tratado com flores (rosas não, pois tem espinhos e pode ferir o "coitadinho").

Um marginal quando vai preso ele recebe uma quantia para que a família possa sobreviver. Isso é protecionismo barato. É politicagem. Se ele está preso, ponha-o para prestar serviços à comunidade de forma sadia: Carpindo, produzindo alguma coisa. As prisões deveriam ser transformadas em industrias estatais, onde o condenado trabalhará para poder comer o dia seguinte. Confesso que mil reais por mês é muito convidatido! É mais que um salário mínimo para quem trabalha 8 horas por dia e 6 dias por semana.
Onde trabalho eu vejo muitos diretores públicos federais "interpretando vontades políticas" de forma inconveneiente. Ao invés de utilizarem a mão de obra e tecnologia existente ele contrata empresas estrangeiras para aquela tarefa, pagando 20 a 30 vezes mais que o custo real. Se ele não entra na "jogada" ele é, literalmente, queimado políticamente e profissionalmente.

O que quero dizer é que o exemplo vem de cima. E quem está em cima somos nós, que somos os reais coniventes com tudo isso.

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