quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Corrupção cresce em países da África Austral, segundo Transparência Internacional




ÁFRICA 21, com Panapress

No relatório, a TI indica que a Polícia é considerada como a instituição mais corrupta nestes países.

Lagos – A corrupção está cada vez mais presente na África Austral e a maioria das pessoas pagam subornos para serviços públicos, denuncia um estudo da Transparência Internacional (TI) , organização internacional não governamental.

No relatório, a TI indica que a Polícia é considerada como a instituição mais corrupta nestes países.

Segundo a organização, no ano passado mais de metade das pessoas que entraram em contacto com fornecedores de serviço público (56 porcento) tiveram de pagar suborno, segundo o novo estudo realizado em seis países da África Austral.

O inquérito revela também que na região 62 porcento das pessoas acham que a corrupção agravou nestes últimos três anos.

O relatório intitulado « Daily Lives and Corruption, Public Opinion in Southern Africa » indica que mais de seis mil pessoas responderam a um inquérito na República Democrática do Congo (RDC), no Malawi, em Moçambique, na África do Sul, na Zâmbia e no Zimbabwe entre 2010 e 2011.

No entanto, segundo o estudo, a boa notícia é que 80 porcento das pessoas interrogadas se dizem prontas para se envolver na luta contra a corrupção e três quarto afirmam que o simples cidadão pode modificar o curso das coisas na luta contra a corrupção.

« Os Governos devem ter em consciência o facto de que as pessoas já não toleram a corrupção e começam a reformar instituições fiáveis, particularmente a Polícia. As pessoas têm o direito de sentir que elas são protegidas pela Polícia e não perseguidos », disse a diretora regional da TI para África e Médio Oriente, Chantal Uwimana.

O relatório constata que a população nos seis países acusa a Polícia de ser a mais corrupta entre os nove serviços que figuram no documento.

No entanto, os resultados demonstram algumas diferenças regionais. Em quatro dos seis países, as pessoas descrevem o suborno como um meio de acelerar os serviços, mas na África do Sul e na RDC a maioria dos subornos é paga para evitar problemas com as autoridades.

Em cinco dos seis países, as pessoas têm mais confiança no Governo do que nas Organizações não Governamentais, na imprensa, nas organizações internacionais ou no setor privado para lutar contra este flagelo, enquanto no Malawi as pessoas confiam em ambos.

Sem comentários:

Mais lidas da semana