terça-feira, 29 de novembro de 2011

EUA: American Airlines, após amargar prejuízo bilionário, a um passo da falência




CORREIO DO BRASIL, com colaboradores - de Nova York, EUA

As ações da AMR Corporation, controladora da companhia aérea American Airlines, recuavam 81,49% às 14h07 (horário de Brasília) na Bolsa de Nova York, após divulgado o pedido de concordata da Holding, que também controla a American Eagle. Em comunicado, a empresa diz que recorreu voluntariamente ao capítulo 11 da legislação dos Estados Unidos para reorganizar sua estrutura.

- A American tomou essa atitude a fim de alcançar uma estrutura de custo e dívida que seja competitiva na indústria aérea- , afirmou a empresa em comunicado. A empresa era a única entre as maiores companhias aéreas dos EUA que não havia pedido recuperação judicial na última década. A companhia aérea acrescenta que pretende manter os horários dos voos, assim como devoluções, reembolsos e programa de fidelidade, e que vai procurar manter as operações funcionando normalmente ao longo do processo judicial. Ainda segundo a companhia, a decisão não terá impacto direto nos negócios fora dos EUA.

– Estou confiante de que a American vai ressurgir ainda mais forte como uma líder global reconhecida pela excelência e inovação – afirmou o presidente da Holding e da companhia aérea, Thomas Horton.

A AMR atende a 260 aeroportos em mais de 50 países, com 3,3 mil voos diários. Nos primeiro nove meses deste ano, a companhia assinalou prejuízo líquido de US$ 884 milhões. No mesmo período de 2010, as perdas foram de US$ 373 milhões. O aumento dos custos trabalhistas e do preço do combustível elevou a dívida da companhia, que teve perdas de US$ 162 milhões no terceiro trimestre deste ano. Os ativos da companhia estão avaliados em US$ 24,7 bilhões, frente ao passivo de US$ 29,5 bilhões.

A reestruturação da empresa, que tem 78 mil empregados, inclui a nomeação de um novo executivo-chefe, Thomas Horton, presidente desde julho e antigo diretor financeiro.

Nos últimos anos, várias grandes empresas norte-americanas, como as companhias aéreas United Airlines, US Airways, Delta Airlines e Northwest, o banco de negócios Lehman Brothers, a corretora da energia Enron, a empresa de telecomunicações WorldCom e o grupo de distribuição KMart pediram para se beneficiar da proteção da concordata.

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