Em nota de repúdio a presença da polícia no campus da Universidade de São Paulo (USP), pesquisadores da universidade afirmam que a crise pela qual passa USP não tem relação direta com a defesa ou proibição do uso de drogas no campus.
No texto, divulgado semana passada, pesquisadores que se dizem "auto-organizados" relembram que durante a ação de reintegração de posse, no dia 08 de novembro, a moradia estudantil (CRUSP) foi sitiada com o uso de gás lacrimogêneo e um enorme aparato policial.
Paralelamente, as tropas da polícia levaram a cabo a desocupação do prédio da reitoria, impedindo que a imprensa acompanhasse os momentos decisivos da operação. Ainda de acordo com a nota, 73 estudantes foram presos, colocados nos ônibus da polícia, e encaminhados para o 91º DP, onde permaneceram retidos nos veículos, em condições precárias, por várias horas.
De acordo com os pesquisadores, a crise que se instaurou após essas ações não teriam relação com o uso de drogas mas sim com “a incapacidade das autoritárias estruturas de poder da universidade de admitir conflitos e permitir a efetiva participação da comunidade acadêmica nas decisões fundamentais da instituição”.
Eles ainda afirmam que essas estruturas revelam a permanência na USP “de dispositivos de poder forjados pela ditadura militar”. Dentre esses dispositivos estariam: a inexistência de eleições representativas para Reitor, a ingerencia do Governo estadual nesse processo de escolha e a não-revogação do regimento disciplinar de 1972.
O atual reitor, João Grandino Rodas, também é acusado de adotar medidas violentas como: "processos administrativos contra estudantes e funcionários, revistas policiais infundadas e recorrentes nos corredores das unidades e centros acadêmicos, vigilância sobre participantes de manifestações e intimidação generalizada".
Ao encerrar a nota pública, os pesquisadores afirmam que “este problema não é um privilégio da USP”. Os pesquisadores também acusam o Governo do Estado de cercear direitos civis fundamentais de toda sociedade, utilizando a Polícia Militar como instrumento de repressão a movimentos sociais, aos moradores da periferia, às ocupações de moradias, aos trabalhadores informais, entre outros. (pulsar)
1 comentário:
Ah, é assim? Então tá:
http://www.youtube.com/watch?v=LSwrqEiVOv4
A ESTUDANTE que fica berrando sente uma nostalgia da ditadura. Criticar os delírios dessa estudante nem pensar, caros pesquisadores?
Carcere privado? Estou sendo "violentada"? Escutem aqui, pesquisadores: se ainda estivéssemos em um regime militar, ELES NÃO PERMITIRIAM QUE ESSA GURIA PUDESSE FILMAR A "REPRESSÃO". Se 2.000 estudantes eram a favor de toda essa palhaçada, uns 78.000 (a USP POSSUI CERCA DE 80.000 ESTUDANTES)uspianos não eram. Isso é democracia, e vocês terão que engolir isso.
O Brasil sente vergonha desse circo, E NÃO CONCORDA COM VOCÊS !!!
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