segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Angola – CRÍTICAS A “LOBBIES” DE PORTUGAL SÃO OPINIÃO DE EMBAIXADOR



DIÁRIO DE NOTÍCIAS – LUSA - com foto Leonardo Negrão/Global Imagens

O deputado Ribeiro e Castro, que liderou a comissão do Parlamento português para as comemorações dos 35 anos da independência de Angola, desvalorizou as críticas do embaixador angolano sobre 'lobbies' em Portugal, sublinhando tratar-se apenas de uma opinião.

"A opinião do senhor embaixador é sobretudo isso, é a opinião do sr. embaixador. Convém ser lida como uma opinião e uma tomada de posição que tem de ser ouvida e lida, mas não me merece nenhum especial comentário a não ser que talvez fosse útil que o sr. embaixador concretizasse um pouco mais", disse à Lusa Ribeiro e Castro, ex-presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros.

Numa entrevista publicada no domingo pelo Jornal de Angola, o embaixador angolano em Lisboa, Marcos Barrica, definiu Portugal como "uma placa giratória onde há muita intoxicação de informação" e onde "lobbies" passam "informação intencionalmente negativa" sobre Angola para "desestabilizar o país" e "desacreditar as instituições".

O diplomata diz que as relações entre Angola e Portugal "são relações intensas, favoráveis e recomendam-se" e assinala que foram "celebrados importantes acordos, como, por exemplo, o acordo de facilitação de vistos entre os dois países".

Para o deputado Ribeiro e Castro, estas declarações de Marcos Barrica podem resultar apenas da "proximidade excessiva" existente entre os dois povos.

"Os portugueses e os angolanos são muito próximos e, às vezes, pode haver alguma sensibilidade excessiva que resulta dessa proximidade excessiva que existe entre os dois povos", disse.

Lembrando que "na mesma entrevista o embaixador visa outros aspectos das relações entre Portugal e Angola que é o desenvolvimento muito positivo a todos os níveis ao longo de todos os anos desde o final da guerra civil", Ribeiro e Castro defende que "o traço mais dominante das relações" entre os dois países "é o excelente nível das relações, quer a nível político, quer a nível social, cultural ou económico".


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