EL – NME - LUSA
M'banza-Kongo, Angola, 15 dez (Lusa) - O repatriamento de refugiados angolanos na República Democrática do Congo (RDCongo) foi esta semana novamente interrompido, a pedido das autoridades congolesas, devido às celebrações do Natal e Ano Novo, noticiou hoje o Jornal de Angola.
O diário, que cita a diretora provincial da Assistência e Reinserção Social, Madalena das Dores, aponta o dia 10 de janeiro de 2012 para se retomar o processo, que desde o início, em novembro, permitiu já o regresso a casa de 1.552 refugiados.
"Fomos notificados para interrompermos o processo de repatriamento dos refugiados angolanos da RDCongo, podendo a operação ser retomada no próximo dia 10 de janeiro de 2012", afirmou.
Segundo Madalena das Dores, os 1.552 refugiados angolanos que regressaram às suas zonas de origem, maioritariamente nas províncias do norte de Angola, correspondem a 500 famílias.
Os refugiados regressam a Angola a partir do posto fronteiriço do Luvo, 60 quilómetros a norte de M'banza-Kongo, capital da província angolana do Zaire.
Estima-se que até junho de 2012, data em que os cidadãos angolanos que ainda estão refugiados na RDCongo perderão o estatuto de refugiados, cerca de 43 mil pessoas voltarão a Angola.
As Nações Unidas tinham estabelecido dezembro de 2011 como data limite para o fim de estatuto de refugiados aos angolanos, mas devido aos atrasos verificados no processo e o elevado número de refugiados, o prazo foi alargado para 30 de junho de 2012.
O processo de repatriamento, organizado conjuntamente pelos governos angolano e congolês e pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, já tinha sido interrompido em final de novembro passado, também a pedido das autoridades de Kinshasa, devido à realização de eleições presidenciais naquele país vizinho de Angola.
A RDCongo acolhe mais de 100 mil refugiados angolanos, tendo 43.085 manifestado interesse em regressar ao seu país de origem.
No total, são cerca de 150 mil os angolanos que foram registados como refugiados nas Repúblicas Democrática do Congo, do Congo, da Zâmbia, da Namíbia e do Botsuana, sendo que 60 mil declararam vontade de regressar.
Sem comentários:
Enviar um comentário