terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Brasil: Treze policiais são presos suspeitos de revender armas e drogas apreendidas




ÚLTIMO SEGUNDO, Rio de Janeiro

Onze PMs e dois policiais civis do Rio participavam do esquema. Eles desviavam o que era recolhido e revendia para os traficantes

Onze policiais militares e dois policiais civis foram presos nesta terça-feira (13) durante uma operação desencadeada pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Segundo a Secretaria, os policiais são suspeitos de revender a traficantes armas e drogas que eram apreendidas durante operações em comunidades carentes. Eles também são acusados de promover ações clandestinas em favelas para recolher materiais e também revender.

Outras três pessoas suspeitas de participar do esquema também foram presas. Um dos PMs acusados foi preso em sua casa, em Cascadura, na zona norte da capital. Conhecido como "Morte Certa", ele tinha dois carros de luxo na garagem.

De acordo com as investigações, o esquema funcionava da seguinte maneira: os policiais levantavam informações sobre a localização de traficantes, armas e drogas. Após a operação, os materiais então desviados eram vendidos a traficantes por meio de comparsas que realizavam uma espécie de ponte entre os policiais e os bandidos.

As investigações apontaram ainda que o destino dessas armas era a favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio. Nessa comunidade, as negociações entre os traficantes e os policiais criminosos eram feitas, principalmente, por um ex-militar do Exército identificado como Asdrubal Bacon Dias Marques Junior, o Juninho. Asdrubal responde a um processo na 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, em Madureira, por porte ilegal de arma, juntamente com um PM.

Durante as investigações da Subsecretaria de Inteligência, dez pessoas já tinham presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, munição e tráfico de drogas. Entre os presos está também o ex-chefe de segurança da Câmara de Vereadores de Niterói. Com ele foi encontrado uma carteira falsa da Polícia Civil. O segurança já foi exonerado do cargo.

*Foto em Lusa

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