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A Comissão Pastoral da Terra (CPT) acaba de divulgar os dados parciais de conflitos no campo em 2011. De janeiro a setembro, foram assassinados 23 trabalhadores rurais. Para a entidade, o resultado faz parte da concentração agrária no país.
A região Norte lidera, com 12 trabalhadores mortos, nove somente no Pará. Além de registrar as mortes, a pesquisa aponta dados sobre conflitos na disputa por terras, água e também trabalhistas.
Ainda que tenha ocorrido uma redução geral em 12% nos registros de violência no campo, o trabalho escravo apresentou elevação. Em 2010, neste período, foram registradas 177 denúncias. Em 2011, este número cresceu para 218. Os conflitos por terra reduziram de 535 para 439. Já os envolvendo a disputa por água baixaram de 65 para 29.
A CPT aponta que a repercussão dos assassinatos de trabalhadores rurais neste ano foi maior. O fato do assassinato do casal Maria do Espírito Santo e José Claudio Ribeiro da Silva ter acontecido no mesmo dia da aprovação do novo Código Florestal na Câmara é apontado como uma possível explicação.
Pelo menos oito das mortes registradas estão diretamente relacionadas à defesa do meio ambiente. Outras quatro se relacionam com comunidades tradicionais: duas mortes são de quilombolas e duas de indígenas. Das 23 pessoas assassinadas até setembro deste ano, a maioria tinha recebido ameaças, ou em anos anteriores, ou mesmo em 2011. (pulsar)
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