segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Declarações de Obiang sobre adesão à CPLP são legítimas - secretário executivo



FPA - LUSA

Lisboa, 05 dez (Lusa) - O secretário executivo da CPLP considerou hoje legítimas as declarações do Presidente da Guiné Equatorial, que considerou ser possível a adesão do país à organização em julho, porque que lhe compete demonstrar que está a cumprir todos os requisitos.

"A declaração é legítima porque quem tem de demonstrar interesse e quem tem de mostrar que está a cumprir todos os requisitos para tornar fácil essa decisão é a Guiné Equatorial e nós só podemos saudar que haja essa convicção", disse Domingos Simões Pereira, à margem de uma reunião, em Lisboa, com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste.

Questionado se será possível a adesão ocorrer já na próxima cimeira, em julho, em Moçambique, admitiu que sim, recordando que em julho de 2010, em Luanda, os ministros aceitaram o pedido de adesão e abriram um processo para esse efeito.

O representante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) sublinhou que a função do secretariado executivo é "preparar todos os requisitos", mas destacou que a decisão é iminentemente política.

"As instâncias competentes [presidentes e ministros dos negócios estrangeiros dos países membros], no momento certo tomarão a decisão que entenderem apropriada", afirmou.

Questionado sobre o ponto de situação do processo, Domingos Simões Pereira recordou que, depois da reunião de Luanda, houve várias rondas de trabalho com a Guiné Equatorial e foi enviada ao país uma missão de boa vontade, conduzida pelo embaixador Luís Fonseca.

"Dessa missão resultou um plano de ação, que não é uma lista de compras", disse, "são os pressupostos para facilitar a tomada de decisão por parte dos órgãos competentes".

"Uma coisa são os requisitos técnicos, outra é uma decisão política", afirmou.

Questionado sobre as declarações do presidente da Guiné Equatorial, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste disse: "É uma opinião dele".

E recordou que os países-membros estão a trabalhar juntos porque a decisão tem de ser "aceite por todos".

"Temos de fazer como temos feito. Analisar bem o dossier e discutir os mecanismos próprios para que a decisão que for tomada possa vir ao encontro dos anseios de todos os estados-membros.

Sem comentários:

Mais lidas da semana