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Lisboa, 15 dez (Lusa) -- A diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, agradeceu a Timor-Leste e ao Gabão as "generosas contribuições" para o fundo de emergência desta agência das Nações Unidas.
O agradecimento da agência da ONU para a educação, ciência e cultura data de 05 de dezembro mas só foi divulgado hoje. Com donativos como estes, a UNESCO pode demonstrar que "o multilateralismo faz a diferença", assinala Irina Bokova.
Timor-Leste contribuiu com 1,5 milhões de dólares (1,1 milhões de euros), financiamento que consta do Orçamento Geral do Estado para 2012, aprovado no Parlamento de Díli a 18 de novembro. A proposta foi aprovada com 34 votos a favor, cinco contra e 15 abstenções.
Em troca, a UNESCO compromete-se a "ajudar meninas e meninos a aprenderem a ler e a escrever, a salvaguardar a rica herança do país, a apoiar uma imprensa independente e a promover o direito à liberdade de expressão".
O Gabão contribuiu, por seu lado, com dois milhões de dólares (1,5 milhões de euros), que a UNESCO pretende gastar a "ajudar crianças a permanecerem na escola, formar professores, preservar a floresta tropical e proteger a herança cultural e a identidade, tanto no país como em África".
No agradecimento, a diretora-geral da UNESCO considera que "os donativos são votos de confiança na organização, nesta altura de necessidade" e, ao mesmo tempo, "enviam uma mensagem clara sobre o valor dos investimentos em educação, ciência, cultura e comunicação -- os blocos de construção do desenvolvimento".
A UNESCO tinha anunciado a suspensão da execução dos seus programas até ao fim do ano, depois de os Estados Unidos terem retirado a sua contribuição financeira, na sequência da admissão da Palestina à organização, no final de outubro.
A decisão norte-americana priva a agência de 22 por cento do seu orçamento, o que se traduz num buraco de 70 milhões de dólares (54 milhões de euros) a partir de 2011, já que os Estados Unidos pagam a sua contribuição habitualmente no fim do ano.
A UNESCO destaca o facto de Timor e Gabão ainda viverem situações de "subdesenvolvimento", realçando que isso dá força à organização no seu combate à pobreza.
Os países em desenvolvimento -- sublinha Irina Bokova -- "podem partilhar conhecimento e boas práticas" nas áreas de "proteção da cultura, combate à corrupção e desenvolvimento sustentável".
*Foto em Lusa
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