JCS – LUSA - RTP
As equipas de resgate filipinas continuavam hoje a busca de cerca de mil pessoas dadas como desaparecidas depois das inundações de há uma semana que provocaram mais de 1.100 mortos já confirmados.
A Protecção Civil do país, católico e com milhares de desalojados a passarem a época festiva em centros de abrigo, indicou que as equipas de busca estão a ser auxiliadas por cães e que centraram a sua ação nas localidades de Cagayan de Oro e Ilican, as duas mais atingidas pelos efeitos da passagem da tempestade tropical "Washi".
O chefe da equipa de emergência do exército explicou que a localização das 1.079 pessoas dadas como desaparecidas nos regsitos oficiais é dificultada pelas discrepâncias dos testemunhos dos sobreviventes.
"Até agora só encontrámos dois corpos", acrescentou o oficial.
Por outro lado, a Cruz Vermelha das Filipinas contabiliza 841 mortos e 919 pessoas desaparecidas.
Das 674.472 pessoas afetadas pelas cheias, 48.980 estão em centros de abrigo nos quais as condições higiénicas e de habitabilidade são muito precárias.
As autoridades sanitárias já mobilizaram recursos para prevenir doenças infectocontagiosas.
Os prejuízos causados pelas cheias estão estimados em 18,12 milhões de euros com 9.500 casas destruídas e 18.616 parcialmente danificadas.
A construção de habitações sobre estacas, com materiais pouco resistentes a tempestades e a desflorestação da região são as principais causas apontadas por peritos internacionais como potenciadoras dos efeitos negativos da mais recente calamidade a atingir as Filipinas.
*Foto em Lusa
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