sábado, 3 de dezembro de 2011

Hidrocarbonetos, em 2011: Investimento na pesquisa absorve 200 milhões USD



NOTÍCIAS (mz)

AS ACTIVIDADES de prospecção e pesquisa de petróleo e gás natural vão absorver, ao longo deste ano, investimentos calculados em 200 milhões de dólares norte-americanos. O presente ano é visto como sendo o mais bem sucedido na história da prospecção de hidrocarbonetos em Moçambique, devido à descoberta de grandes quantidades de gás natural anunciadas pela Anadarco e pela ENI, ambas operando na bacia do Rovuma.

Nos últimos anos, Moçambique está a registar um crescimento significativo do volume de investimento canalizado para a prospecção de hidrocarbonetos, totalizando actualmente pouco mais de mil milhões de dólares.

Segundo Nelson Ocuane, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), instituição que representa o Estado moçambicano nesta área, apenas na bacia sedimentar de Moçambique estão licenciadas cinco companhias estrangeiras que estão a prospectar petróleo e gás.

No geral, neste momento Moçambique encontra-se na fase de pesquisa, sendo que apenas um campo é que está a produzir gás natural, nomeadamente Pande e Temane, na província de Inhambane.

Falando recentemente no Maputo, Nelson Ocuane explicou que a produção de gás natural é bastante onerosa, custando cerca de oito dólares por gigajule, o que significa que a venda sai mais ou menos entre 10 e 11 dólares.

Assim, de acordo com o PCA da ENH, a saída passa, por um lado, pela exportação e, por outro, pela implementação de projectos para a maximização do consumo interno de gás natural, quer nos sectores industrial e comercial, quer para o uso doméstico.

Neste momento, o gás e petróleo constituem mais de 90 porcento das energias comercializadas no mercado internacional, sendo que 12 por cento da mesma têm origem no Continente Africano.

Nelson Ocuane disse acreditar que a médio e longo prazo o país venha a assumir o papel de relevo no fornecimento de energia, particularmente o gás, no mercado internacional, tendo em conta o potencial e as facilidades de investimento criadas.

“O estabelecimento do regime fiscal que vigora em Moçambique teve em conta a fase em que o país se encontra em termos de conhecimento e pesquisa. Quando estivermos na fase madura, o quadro legal vai ser mudado para acompanhar essa dinâmica. É o que acontece em vários países, sendo exemplo disso a Noruega”, referiu.

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