O APOSTOLADO
A pesca começa a escassear no mar de Cabinda contra o aumento da exploração petrolífera.
Os pescadores locais procuram agora sobreviver recorrendo às águas marítimas do vizinho município do Sayo, na província do Zaire.
Mais poços de petróleo, menos espaço para a pesca em Cabinda.
“ Somos obrigados a distanciar-se de cada poço há 1 milha , isso nos obriga agora a irmos a áreas longínquas, como por exemplo no Soyo, 150, 200 e tal milhas” – deplorou o pescador Lucas Neto.
Restrições que reduzem aumentam os custos reduzindo os rendimentos.
“Os custos operacionais são elevados, porque daqui para 150, 200 milhas somos obrigados a gastar 500, 600 litros de gasolina. O custo da gasolina está um pouco acelerado, somos obrigados a levar quantidades elevadas de gelo, porque a faina que fazíamos em dois, três dias somos obrigados a fazê-la em uma semana” – disse ainda.
Agrava-se o facto das embarcações estarem vocacionadas para a pesca artesanal.
“ Não há outro remédio diante da situação” – refere Lucas neto.
Lucas Neto diz que não tem outro remédio diante da situação.
“Pouco espaços temos agora para pescar, e pescar constantemente neste espaço o peixe tende a emigra, retirar-se dessa área, e nós somos obrigados a procurar novas áreas com maior concentração de pescado, razão pela qual temos agora que fazer buscas, utilizando aparelhos, recorrer a instrumentos de navegação, GPS, sondas, para podermos ir nessas áreas longínquas, que distam às vezes 22, até 40 milhas fora da costa, fora da área artesanal” – lamentou ainda.
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