sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Portugal: DINAMIZAÇÃO DA CONTRATAÇÃO COLETIVA UNE CCP E CGTP





Dirigentes sindicais e patrões criticam a falta de diálogo do Governo

A necessidade de potenciar a contratação colectiva foi um dos pontos de convergência entre a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e a CGTP-IN, com os respectivos dirigentes a criticar a falta de diálogo do Governo.

"Ficou o compromisso de se fazer um reforço para a revitalização da contratação colectiva. Tem que ser dinamizada pela nossa parte. É preciso dar sinais às estruturas que negoceiam", afirmou hoje o secretário-geral da CGTP-IN, no final de uma reunião com a CCP, a primeira de um conjunto de encontros em busca de consensos fora da concertação social.

Em declarações aos jornalistas, depois de uma reunião de mais de duas horas, o presidente da CCP, João Vieira Lopes, defendeu que "a contratação colectiva é um elemento crucial para o relacionamento entre empregadores e trabalhadores na sociedade actual".

João Vieira Lopes realçou que "as confederações não fazem negociações, mas podem ter um diálogo permanente no sentido de potenciar a contratação colectiva como um elemento importante, respeitando a autonomia das associações".

Os líderes das duas estruturas são unânimes nas críticas à falta de diálogo do Governo, o que, dizem, impediu um acordo tripartido em sede de concertação social.

"O Governo está a desenvolver uma governação que tem pouco a ver com os interesses dos trabalhadores portugueses bem como da actividade económica e toma decisões que são aberrações autênticas como a imposição do aumento do horário de trabalho", acusou Carvalho da Silva, realçando que "o Executivo está a semear conteúdos que podem vir a provocar instabilidade social não apenas no curto médio prazo, mas de longo alcance".

Para o presidente da CCP, "o Governo não tem sido um elemento dinamizador da negociação", criticando por levar a concertação social "documentos generalistas e insuficientes para servirem de base negocial".

"Para avançar com entendimentos, decidimos fazer estes encontros bilaterais para encontrar pontos de convergência", adiantou.

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