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O Instituto Nacional de Estatística reviu, esta sexta-feira, em baixa de 0,2%, a queda do PIB para o terceiro trimestre, apontando agora para uma descida de 0,6% face ao segundo trimestre.
A taxa de variação homóloga, por sua vez, permaneceu nos -1,7%, o mesmo valor apurado pelo INE na estimativa rápida divulgada em meados de Novembro.
No segundo trimestre a variação homóloga do PIB ficou nos -1,0% e no primeiro trimestre nos -0,5%, tendo este valor sido também corrigido face à estimativa rápida que apontava para os -0,4%.
De acordo com o INE, a queda do PIB foi ditada "pelo forte contributo negativo da procura interna que atingiu os -5,0%".
O contributo da procura externa líquida para a variação do PIB, por sua vez, continuou positiva (3,3%), mas com uma "menor magnitude do que o observado no trimestre anterior (4,6%)".
Segundo o INE, o investimento continuou a registar uma diminuição "acentuada" no terceiro trimestre, apresentando uma queda de 13,7% (12,8% no segundo trimestre).
Já o consumo privado apresentou uma queda de 3,3%, semelhante ao trimestre terminado em Junho.
O emprego total para o conjunto dos ramos de actividade da economia, corrigido da sazonalidade, por seu turno, diminuiu 0,8% em termos homólogos no terceiro trimestre de 2011, uma variação também idêntica à observada no trimestre anterior.
Os números do INE revelam assim que nos últimos quatro trimestres se registou uma variação em cadeia negativa do PIB.
Segundo a definição tradicional de "recessão técnica", um país está em recessão quando se registam dois trimestres consecutivos de quebra no PIB.
Esta tendência de quebra de verá manter-se e acelerar no último trimestre do ano. Segundo as últimas previsões da Comissão Europeia para Portugal, o PIB no quarto trimestre do ano deverá registar uma quebra de 3,6% em relação a igual trimestre do ano anterior e de 1,5% em relação ao terceiro trimestre.
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