sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

PORTUGUÊS É O IDIOMA DA NOVA ECONOMIA




Lia Coelho – Hoje Macau

A língua portuguesa como instrumento cultural perdeu terreno e agora tem um valor – cada vez mais – económico, quem o diz é o professor Choi Wai Hao, em mais uma palestra no âmbito do Festlatino. Algo fácil de entender, em tempos de aposta nos mercados dos países falantes de português. “O português tornou-se importante economicamente, antigamente não havia essa necessidade, agora a China quer sair para mercados como Brasil ou Angola e precisa de formar pessoas”, explica o professor ao Hoje Macau. A procura centra-se mais em tradutores e interpretes de português – que tem aberto as portas do mundo do trabalho da lusofonia para quem aprendeu o idioma de Camões.

Wai Hao falou das vantagens culturais e linguísticas da RAEM como um centro de ensino e investigação do português na China. “A língua portuguesa funcionou e continua a funcionar em Macau, mesmo depois de 1999 e isso traz vantagens”, comenta. Uma comunidade macaense, uma portuguesa, imprensa, rádio e televisão formam um conjunto de factores que propiciam a aprendizagem do idioma, nas palavras do orador. Mais uma afirmação do território como plataforma de cooperação e facilidade do ensino da língua.

O crescente interesse é já visível também na China, que desde 2003 – ano de criação do Fórum Macau – o número de universidade com licenciatura em Português aumentou de três – uma em Xangai e duas em Pequim, para 16. “Não contando com aquelas que têm cursos opcionais”. Apesar deste crescimento, na opinião do professor, é necessário haver uma maior aposta e um maior investimento para a formação de pessoas.

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