terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Repatriamento voluntário de refugiados angolanos foi o maior dos apoiados pela OIM



RTP

O maior movimento de repatriamento voluntário de refugiados apoiado pela Organização Internacional das Migrações (OIM) entre 2001 e 2010 foi de angolanos e envolveu quase 50 mil pessoas, revela um relatório hoje divulgado.

O relatório da OIM revela que das 130.610 pessoas assistidas pelos programas de repatriamento da organização entre 2001 e 2010, 49.841 eram angolanas e a maioria estava refugiada na Zâmbia.

Seguem-se os refugiados originários da República Democrática do Congo (44.365), maioritariamente provenientes da Zâmbia, da Libéria (8.060), na maioria regressados do Gana, do Sudão (7.841) e da Etiópia (3.312).

No total, a OIM despendeu 41 milhões de dólares (30 milhões de euros) com o apoio ao repatriamento de refugiados entre 2001 e 2010, cobrindo 87 países de partida e 105 países de reinstalação. Em 2010, a organização deu assistência a 13,2 mil refugiados provenientes de 26 países e integrados em 31 países de reinstalação, com o que gastou 1,5 milhões de dólares (1,1 milhões de euros).

Este apoio foi prestado ao abrigo de um memorando de entendimento assinado entre o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a OIM.

O ACNUR tem atualmente em vigor um programa de repatriamento voluntário de angolanos refugiados na vizinha República Democrática do Congo.

O processo, que conta com apoio dos governos de Luanda e Kinshasa, iniciou-se no início de novembro e estima-se que até junho de 2012 cerca de 43 mil refugiados angolanos poderão regressar a Angola, 25 mil dos quais serão realojados na província do Zaire.

A República Democrática do Congo acolhe mais de 100 mil refugiados angolanos, tendo 43.085 manifestado interesse em regressar ao seu país de origem.

No total, são cerca de 150 mil os angolanos que foram registados como refugiados nas Repúblicas Democrática do Congo, do Congo, da Zâmbia, da Namíbia e do Botsuana, sendo que 60 mil declararam vontade de regressar.

As Nações Unidas tinham estabelecido dezembro de 2011 como data limite para o fim de estatuto de refugiados aos angolanos, mas devido aos atrasos verificados no processo e o elevado número de refugiados, o prazo foi alargado para 30 de junho de 2012.

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