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Díli, 09 dez (Lusa) - O vice-primeiro-ministro de Timor-Leste, José Luís Guterres, disse hoje que o combate à corrupção é um assunto muito sério para o governo timorense, que tem noção de que aquele fenómeno pode entravar o desenvolvimento.
O vice-primeiro-ministro falava à agência Lusa no âmbito de uma conferência organizada pela Comissão Anticorrupção timorense para assinalar o Dia Internacional de Combate à Corrução.
"Queremos dizer que o combate à corrupção para este governo é um assunto muito sério e tive a oportunidade de reiterar o compromisso do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e de todos nós para cooperar com as instituições da justiça no caso de sermos chamados para depor sobre qualquer assunto", disse.
José Luís Guterres salientou também que o governo acredita que a corrupção pode "entravar o processo de desenvolvimento" ao beneficiar apenas minorias.
"Cria um Estado que não é um Estado democrático, mas um Estado controlado por um pequeno grupo de máfias e de pessoas que no final vão destruir as fundações do Estado democrático", salientou.
O vice-primeiro-ministro explicou também que durante os anos de ocupação da sociedade timorense a "prática da corrupção era normal".
"Hoje em pouco tempo nós estamos a querer acabar com práticas e sistemas estabelecidos no passado. Por isso mesmo é que há este esforço todo, de todas as instituições, do parlamento, tribunais e governos, para ver se criamos estruturas básicas para fazermos um combate eficiente contra a corrupção", salientou.
A Comissão Anticorrução de Timor-Leste foi criada em junho de 2009 com o objetivo de dotar o Estado de polícia criminal especializada e independente que, em articulação com as autoridades competentes, combata a corrução.
A CAC reporta diretamente ao parlamento nacional e tem poder para iniciar e conduzir investigações criminais a casos de corrução, além da responsabilidade de educar e sensibilizar as pessoas através de medidas que conduzam à prevenção da corrução.
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