Redação
Ainda sobre a inexistência de notícias sobre Timor-Leste veiculadas pela Agência Lusa, apesar de ter em Díli uma delegação em instalações de partilha com a RTP, trazemos à primeira página do Página Global alguns comentários no título Timor-Leste: HAJAM DEUSES, PARA VERGONHA DA AGÊNCIA LUSA! deste blogue.
Caricato é uma espécie de anúncio de jornalista que se oferece para substituir a RTP e a Agência Lusa com equipa por si dirigida, alegando garantias de cobertura dos acontecimentos do país e respetiva divulgação, em português, por dois terços do valor do orçamento anual da RTP e da Lusa. Ou seja: o desafio comporta poupança para a RTP e para a Lusa com a vantagem de disponibilizar cobertura vasta dos acontecimentos em todo o país por menores custos. Atualmente e desde sempre a cobertura de um e outro órgão de informação naquele país resumiu-se a Díli e pouco mais. Hilariante, porque expõe ao ridiculo a ineficiencia da Lusa e da RTP naquele país. Seja notado que efetivamente o profissional de comunicação em causa se identificou a Página Global “para o caso de haver interessados na sua proposta”, diz.
Lisa, uma leitora habitual, comenta a gravidade da falta de informação sobre Timor-Leste em português por via de responsabilidades da RTP e da Lusa. Salienta a Conferência do partido de Xanana Gusmão, CNRT, que está a ocorer este fim de semana e de onde sairá a decisão sobre o candidato presidencial apoiado por aquele partido político. Refere ainda que Lu Olo, previsto candidato da Fretilin, está entre os convidados à Conferência.
Realmente é grave que nada disto saibamos. Como se a Lusa e a RTP não existissem em Timor-Leste (julgamos que na RTP este facto não foi notícia). Perguntamos agora se o significado de Lu Olo ter sido convidado significa que o CNRT vai apoiar Lu Olo nas eleições presidenciais a ocorrerem daqui por uns meses? Isso seria uma volta de 180 graus da política do CNRT, mas com Xanana Gusmão isso acontece nas mais variadas ocasiões. De qualquer modo tudo isto se desconhece em noticiário português. Estamos completamente a zeros. A incompetência cabe à Lusa, aos seus responsáveis, certamente. Acrescente-se que ao tentarmos saber sobre a presença ou não de jornalista da Lusa em Díli hoje e nos últimos tempos recolhemos informações contraditórias. Para uns “o homem está lá em Díli”, para outros já vai para três semanas ou mais que não está em Timor-Leste”. Numa terceira versão informam que “estão de férias em Bali ou em Portugal para regressarem antes das eleições e fazerem a devida cobertura”. Por nós, Página Global, queremos acreditar que o que for soará mais cedo que tarde e que o que não podemos aceitar é a ausência de noticias em português por dois órgãos de comunicação social que têm obrigações para com o mundo da lusofonia, sendo, para nós, muito maior a responsabilidade da Agência Lusa que a da RTP. A competência da Lusa noutros países arrasta ainda mais para a lama a sua monstruosa falha em Timor-Leste.
O leitor Manuel Almeida também deixou comentário neste título. Ele quis “lembrar que por vezes se "crucificam" quem não tem culpas no cartório.” E é verdade. Consideramos estar atentos a esse facto. Não queremos ser injustos. Até porque a Lusa já teve por Timor-Leste muito bons jornalistas. É evidente que a situação já se arrasta há tempo demais com esta ausência de notícias, sendo evidente que as chefias, os dirigentes, já têm mais que 80 por cento das responsabilidades sobre o que está a acontecer. Só perguntamos aos jornalistas se através do sindicato, por exemplo, não poderiam ser esclarecidas as razões da inexistência de trabalhos jornalísticos da atualidade sobre Timor-Leste. Uma vez que a Lusa nada informa sobre o que está a acontecer que o façam os profissionais através do seu órgão profissional e legal. Simples. O que não pode, não deve, acontecer é fazer de todos os portugueses e cidadãos da lusofonia uns basbaques a quem não se tem de dar explicações. Pela nossa parte não aceitamos tal procedimento.
O coletivo do Página Global é unânime em repudiar o que está a acontecer sobre a ausência de notícias, em português, relativas a Timor-Leste, por isso manterá vivas críticas à direção e chefias da Lusa, assim como aos jornalistas, que supostamente estão no país, até que sejam apresentadas explicações para este “apagão” da atualidade timorense.
Convidamos os leitores interessados a lerem os comentários no referido título, ontem publicado: Timor-Leste: HAJAM DEUSES, PARA VERGONHA DA AGÊNCIA LUSA! Tema que já vem sendo abordado há algum tempo – ver o geral de TIMOR-LESTE.
4 comentários:
São dois jornalistas que a Lusa colocou em Timor, um homem e uma mulher e estão ambos de férias em Portugal. O correcto seria um ir de férias e o outro ficar a fazer a cobertura das notícias, mas infelizmente onde vai um o outro vai atrás. Assim é dificil cobrirem as noticias
nao sao dois jornalistas. é apenas uma senhora. o senhor que a acompanha é o marido e não consta que seja funcionario da Lusa.
ferias todos temos direito. sao uma conquista de qualquer trabalhador.
Evidente q. férias do jornalista não estão em causa, o que está em causa são as "férias" da Lusa em Timor. Ou não é uma agêmcia de notícias? É? Então terá de manter alguém em substituição para fazer o trabalho que lhe compete. O que aqui está em causa é a Lusa, mas também a escassez de notícias quotidianas quotidianamente mesmo quando o jornalista está ao serviço. O que faz com que cada rara notícia saia ao preço do ouro ou ainda mais. Muitos corroboram o que este blogue defende, já vem de há muito que é assim. Eu também corroboro.
TGC
A todos os jornalistas e advogados - cidadãos e profissionais - que tiver interesse em saber como "funciona" a Agência Lusa, no âmbito profissional, pessoal, ético, moral e na defesa dos Direitos Humanos, estou à disposição para colaborar, pois, investigo-a há mais de duas décadas. - A reunião ocorrida em 2007, em sua sede em Lisboa, com o presidente da Fundação Roberto Moreno e um Magistrado Público jubilado, para se elucidar Processos Judiciais entre o Hotel Sheraton de Lisboa e a Fundação Geolíngua. Houve, inclusive, troca de Fax entre o Tribunal de Comércio de Lisboa, via a sua juíza e presidente, onde se solicita à direcção da Lusa o porque do interesse neste Caso. – Saliento que, será narrado em suporte livro, teatro e cinema documental - alem de uma Grande Reportagem todo o material que a Lusa possui, há mais de duas décadas, sobre o Projeto Geolíngua, porem ignorando-a em todos os sentidos. A intenção é “Separar o Joio do Trigo” entre jornalistas de direito e de facto e, mostrar ao mundo como funciona, realmente - a Agência Lusa.
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