O secretário da Defesa Civil do Rio de Janeiro, Sérgio Simões, admitiu esta tarde que já não há mais esperança de se encontrar sobreviventes sob os escombros dos três prédios que ruíram no centro da cidade na quarta-feira.
"Em razão do cenário que vemos e pelo tempo passado do acidente, eu preciso dizer que não trabalhamos mais com a possibilidade de sobreviventes", afirmou Simões, citado pela Agência Brasil.
Hoje de manhã, os bombeiros informaram ter chegado a um local onde havia um "bolsão de ar", o que gerou expectativas de que alguém fosse encontrado com vida. Até ao momento, 11 corpos foram encontrados, dois deles ainda por identificar.
Durante o dia, foram encontradas ainda bolsas e pertences de pessoas soterradas.
A previsão é de que mais vítimas sejam localizadas ainda hoje. Os últimos corpos, segundo Simão, estão a ser encontrados muito próximos, numa zona que se acredita ser a escada de um dos prédios.
O acidente ocorreu na rua Treze de Maio, onde o edifício Liberdade, de 20 andares, desmoronou, levando abaixo outras duas edificações, o prédio Colombo, de 10 andares, e um terceiro, de quatro pisos.
Diversas pessoas que trabalhavam nestes edifícios foram hoje à delegacia de polícia prestar depoimentos no inquérito que visa investigar os possíveis responsáveis pela tragédia.
O operário Alexandro da Silva Fonseca, que se salvou por ter ficado preso no elevador, admitiu em declarações à imprensa que a obra na qual trabalhava envolveu quebra de paredes de alvenaria de uma casa de banho.
O pedreiro negou, no entanto, qualquer alteração na estrutura ou coluna (vigas) do prédio.
As causas do acidente ainda não foram determinadas, mas aumentam as suspeitas de que tenha havido algum problema com a estrutura do prédio. A hipótese de explosão devido a fuga de gás foi descartada.
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