segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Jerónimo de Sousa: CAVACO PODIA PAGAR MAIS IMPOSTOS




Jerónimo de Sousa defendeu uma nova política fiscal "que tribute efetivamente quem mais pode e quem mais ganha", dando como exemplo o Presidente da República, Cavaco Silva.

O secretário-geral do PCP defendeu hoje uma nova política fiscal "que tribute efetivamente quem mais pode e quem mais ganha", considerando, a este propósito, que o Presidente da República, Cavaco Silva, "também podia pagar" mais.

Jerónimo de Sousa falava durante um almoço com militantes, num pavilhão de um clube desportivo na ajuda, em Lisboa, apresentando um conjunto de "políticas e soluções alternativas" às do atual Governo PSD/CDS-PP.

O secretário-geral do PCP defendeu "uma política alternativa no domínio fiscal, que tribute efetivamente quem mais pode e quem mais ganha, nomeadamente a banca, os grupos económicos, as mais valias alcançadas em bolsa, os dividendos dos grandes acionistas", acrescentando: "Já agora, enfim, não se põe aqui Cavaco Silva, com os seus rendimentos, mas nós pensamos que também podia pagar".

"Aliviar a excessiva carga fiscal sobre o trabalho"

Ouviram-se, neste momento, alguns risos, e também alguns apupos.

Jerónimo de Sousa completou que essa "política alternativa no domínio fiscal" permitiria "obter recursos para aliviar as tarefas de desenvolvimento do país, ao mesmo tempo aliviar a excessiva carga fiscal sobre o trabalho e as pequenas atividades de produção, comércio e serviços".

O secretário-geral do PCP defendeu também uma política económica que, em vez da "diminuição dos custos de trabalho", se baseie na "diminuição dos custos exorbitantes dos fatores de produção" como a energia, as comunicações, os transportes e o crédito, e no "reforço do investimento em ciência e tecnologia, na educação e na formação" Segundo Jerónimo de Sousa, "o que se impunha" era "uma política de valorização dos setores produtivos nacionais", que dinamizasse "os setores exportadores" e incluísse "um programa de reindustrialização do país".

No seu discurso, o secretário-geral acusou o Governo, e também o PS, com a sua "posição de conformismo e de cumplicidade", de querer convencer os portugueses que "não há alternativa" e de os assustar com o perigo do incumprimento do programa de assistência financeira a que Portugal está submetido.

"Eles vão-nos dizendo que é preciso ficar pior agora para ficar melhor mais à frente, lá para 2013. É falso, camaradas. Estamos a ficar pior agora para ficar pior mais à frente, com consequências imprevisíveis já para a própria soberania nacional em que o diretório de potências já se julga, particularmente a Alemanha, que é chegado o momento de colonizar alguns países, designadamente a Grécia, e com certeza também Portugal", alegou Jerónimo de Sousa, apelando à "mobilização para a luta".

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