A Verdade, com agências
A empresa mineradora brasileira Vale e o banco britânico Barclays receberam nesta sexta-feira em Davos, Suiça, durante a sessão do Fórum Económico Mundial, o 'prêmio' de "piores empresas" pelas suas ofensas sociais e ecológicas que mostram o lado obscuro de uma globalização puramente orientada para os lucros, segundo as Organizações Não Governamentais que organizam a premiação.
A Vale recebeu o Prêmio Popular apurado através de votação pela internet, com 25 mil votos em 88.766 pessoas votantes. A instituição britânica ficou com o prêmio do juri criado pelas organizações não-governamentais Declaração de Berna e Greenpeace da Suíça.
O prêmio Nobel de Economia Josep E. Stiglitz pediu que essas duas empresas implementem uma política de responsabilidade social e ecológica.
Em Moçambique, a Vale é concessionária das minas de carvão de Moatize, na província de Tete, uma das maiores reservas mundiais de carvão mineral.
Para se defender, a Vale criou um site chamado Vale Esclarece. Nele, procura desconstruir ponto por ponto os argumentos que a levaram a ser indicada e eleita. “A Vale sabe que a actividade mineradora gera impactos e, por isso, atua de forma a controla-los e reduzi-los”, diz o texto. “Em 2012, a empresa planeia investir US$ 1,65 bilhão em ações socioambientais”.
O Barclays é acusado de práticas especulativas com os alimentos, que elevaram os preços, acarretando consequências más para os mais pobres.
No caso da Vale, a segunda maior mineradora do mundo e maior produtora de minério de ferro do planeta, as organizações a acusam de violar os direitos humanos, de condições desumanas de trabalho e de uma exploração sem preocupação alguma com a natureza.
Outras concorrentes ao “prêmio” eram a mineradora Freeport McMoRan (EUA), a fabricante de equipamentos eletrônicos Samsung (Coreia) e a companhia de sementes e herbicidas Syngenta (Suíça).
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