sábado, 11 de fevereiro de 2012

Angola não está qualificada para compacto do Millennium Challenge - diretor executivo



JSD – Lusa, com foto

Cidade da Praia, 11 fev (Lusa) - Angola não está qualificada para os pacotes de assistência financeira do Millennium Challenge Corporation (MCC), instituição norte-americana que "exige" 20 critérios rigorosos para disponibilizar recursos para projetos visando combater a pobreza no mundo.

Numa entrevista à Agência Lusa, o diretor executivo da instituição pública norte-americana de ajuda ao desenvolvimento, Daniel Yohannes, não quis comentar as razões que estão subjacentes à não qualificação de Angola para o MCC, optando por explicar a forma como um país menos desenvolvido pode aceder aos fundos.

"De momento, Angola não está qualificada. O nosso modo de seleção é baseado em 20 critérios rigorosos que os países têm de ultrapassar. Só se qualificam para os nossos programas países que tenham índices de boa governação, políticas económicas muito positivas e políticas reformistas que favoreçam as populações", esclareceu.

Daniel Yohannes lembrou que não é o MCC que analisa as candidaturas, uma vez que cabe a terceiros - Banco Mundial, Nações Unidas, Freedom House e Heritage Foundation - verificar os critérios para que o Conselho de Administração do MCC disponha de toda a informação na altura da decisão.

Além de Cabo Verde, onde assinou sexta-feira com o Governo local um inédito segundo compacto (no valor de 66,2 milhões de dólares - 50,9 milhões de euros), o MCC tem também em curso um outro em Moçambique, no montante de 507 milhões de dólares (380 milhões de euros).

"É um compacto muito importante", assinalou Yohannes, sem mais comentários.

Mais nenhum outro país lusófono é beneficiado, embora em São Tomé e Príncipe o MCC ainda tenha analisado alguns critérios de admissibilidade, que não permitiram selecionar o pequeno arquipélago para o programa.

O MCC foi criado em 2004, durante a administração de George W. Bush, e é uma agência norte-americana cujo primeiro objetivo é reduzir a pobreza através de programas de apoio ao crescimento económico a longo prazo.

A base passa pela aprendizagem de algumas das melhores práticas obtidas nas últimas quatro décadas de outras agências norte-americanas de apoio ao desenvolvimento.

O MCC trabalha apenas com países que estão empenhados em boas políticas sociais e económicas, na boa governação, que combatem a corrupção, que têm liberdade económica e que investem nas suas populações, em particular nas áreas da educação e da saúde.

- Leia mais sobre os países lusófonos que lhe interessarem clicando nos símbolos dispostos na barra lateral

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois é, Timor também concorreu ao Milenium Chalange e perdeu.
Contratou um Americano para fazer a candidatura, gastou muita massa a preparar a candidatura e infelizmente perdeu.

Beijinhos da Querida Lucrécia

Mais lidas da semana