Jornal de Notícias – com foto em Lusa
Um ex-diretor do Banco do Brasil, uma das maiores instituições financeiras do país, está a ser investigado pela Polícia Federal por uma transação suspeita no valor de 953 mil reais (cerca de 417 mil euros).
Segundo o jornal Folha de São Paulo, Allan Toledo, que até Dezembro passado comandava uma das áreas mais importantes do banco, recebeu a quantia em questão em cinco parcelas mensais, ao longo do ano passado.
O dinheiro foi transferido da conta de uma senhora reformada, de 70 anos, que até então utilizava a sua conta bancária apenas para receber o valor da sua pensão.
As investigações mostraram que a reformada recebera, meses antes, a quantia de um milhão de reais (437 mil euros) de um empresário ligado indiretamente à companhia Marfrig, que nos últimos anos recebeu vários empréstimos do Banco do Brasil.
A movimentação, considerada suspeita, foi detetada por um relatório de controlo feito pelo Conselho de Controlo de Atividade Financeira (Coaf), ligado ao Ministério da Fazenda.
Em sua defesa, Toledo afirma ser o procurador da senhora reformada e esclarece que o valor recebido refere-se à venda de uma casa que pertencia à sua cliente.
A venda, no entanto, não foi registada em nenhum cartório e a senhora continua a viver na casa supostamente vendida, mesmo um ano e dois meses após a alegada transação.
No final de dezembro do ano passado, Allan Toledo deixou o cargo de vice-presidência de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank no Banco do Brasil sem dar explicações.
Na altura, o Banco do Brasil também não justificou o seu afastamento.
De acordo com a Folha de São Paulo, a exoneração terá ocorrido após Toledo ter sido apontado como um dos integrantes do grupo que pretendia desestabilizar o atual presidente do banco, Aldemir Bendine, para ficar com o seu cargo.
O Banco do Brasil instaurou também uma sindicância para apurar o caso.
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