Ricardo Miguel Vasconcelos – Correio do Minho, opinião
O Presidente da República tinha uma visita programada à Escola António Arroio, em Lisboa, para a manhã de quinta-feira. Testemunhas dizem que a comitiva de Cavaco deu meia volta já nas imediações do estabelecimento de ensino. Não estavam reunidas as condições necessárias para a presença do PR. Duas centenas de alunos protestavam, pacificamente, à porta da escola.
Uma das jovens mostrou o ‘sms’ que convocou os estudantes. Pedia-se uma boa recepção ao PR, educação e respeito. Mas apelava-se ao protesto devido à falta de condições do edifício que alberga a escola artística.
Para quem tem a memória curta, nos tempos do reinado de Sócrates, Cavaco armou-se em bom samaritano e disse, a propósito dos vários protestos dos alunos do ensino privado, que as manifestações “são sinal de vitalidade da sociedade civil”.
A propósito do movimento ‘Jovens SOS’, afirmou: “considero importante que crianças, jovens, pais e professores venham para a rua defender a sua escola”.
Pouco mais de um ano depois, esta espécie de Chefe de Estado continua a abrilhantar os nossos dias difíceis com toques de genialidade.
Agora, já nem precisa falar para fazer uma figura semelhante ao estado do país: triste, desiludido, acobardado, sem ideias e a precisar de tomar uma qualquer medicação para avivar a memória de outros tempos, aqueles que os antigos (que não eu) classificaram de mais áureos e mais felizes.
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