Expresso das Ilhas
O primeiro-ministro, José Maria Neves, afirmou hoje que em Cabo Verde não há motivos para uma greve geral, salientando que há toda a abertura do governo em discutir com os sindicatos na busca de melhores soluções para os trabalhadores cabo-verdianos.
José Maria Neves que falava à imprensa no final de um encontro ao pequeno almoço com os jornalistas para celebrar a entrada de Cabo Verde para o top 10 no ranking da liberdade de imprensa, anunciou par aos próximos dias o início da discussão à volta do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), no sentido de se estabelecer novos mecanismos para o desenvolvimento profissional dos trabalhadores da Função Pública.
"Vamos discutir com os sindicatos e espero que haja o entendimento relativamente a esta matéria", disse, salientando que o mais importante neste momento de agudização da crise no plano internacional é as partes, os sindicatos, o patronato e o governo sentarem-se à mesa para diálogos e concertação.
As duas centrais sindicais de Cabo Verde, UNTC-CS e a CCSL, chumbaram em Dezembro último o acordo de concertação estratégico porque, segundo argumentaram, o governo não satisfez o pedido dos sindicatos no sentido de repor o poder de compra dos trabalhadores e a atribuição do 13º mês.
A União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos - Central Sindical (UNTC-CS e a Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livre (CCSL) admitem a possibilidade de recorrerem à greve geral caso o governo continue " irredutível" nas questões dos aumentos salariais, 13.º mês e ainda na fixação de um salário mínimo nacional.
Inforpress/Expresso das Ilhas
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