O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, anunciou hoje a convocação de uma greve geral para o próximo dia 22 de março. A UGT respondeu imediatamente que desta vez se opõe à greve, embora fique por apurar a coesão das hostes ugêtistas em torno dessa posição.
Arménio Carlos, citado pela agência Lusa, explicou em conferência de imprensa que a greve se dirige contra o agravamento da legislação laboral e das medidas de austeridade.
O secretário-geral da UGT, João Proença, apressou-se a atacar vilentamente a convocatória, classificando-a como "uma 'pseudo' greve geral, na medida em que é uma greve de protesto, sem objetivos definidos", sustentando ainda que se trata "de uma estratégia muito bem pensada, de avançar para a luta pela luta, para o confronto pelo confronto".
Proença defendeu ainda a sua atitude invocando o acordo de concertação social assinado pela UGT e com o qual, alegadamente, se terá dado "um passo importante". Segundo Proença, "agora há que aprofundar esse caminho e não entrar no conflito pelo conflito".
O secretário-geral da UGT, João Proença, apressou-se a atacar vilentamente a convocatória, classificando-a como "uma 'pseudo' greve geral, na medida em que é uma greve de protesto, sem objetivos definidos", sustentando ainda que se trata "de uma estratégia muito bem pensada, de avançar para a luta pela luta, para o confronto pelo confronto".
Proença defendeu ainda a sua atitude invocando o acordo de concertação social assinado pela UGT e com o qual, alegadamente, se terá dado "um passo importante". Segundo Proença, "agora há que aprofundar esse caminho e não entrar no conflito pelo conflito".
A incógnita dos transportes
Um dos principais sindicatos da UGT, o Sitra, com implantação determinante entre os motoristas da empresas de transportes públicos, não emitiu ainda uma posição sobre a greve geral. O Sitra manifestara a sua oposição ao acordo de concertação social e tem participado, junto com sindicatos da CGTP no sector, em greves dos transportes mesmo quando estas não são apoiadas pela UGT.
A RTP tentou, sem êxito, obter um comentário da direcção do Sitra sobre a convocatória da greve. Do mesmo modo, o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) não emitiu ainda uma posição nem esteve disponível, embora se dê como certo o seu alinhamento com a posição de Proença. Um outro sindicato que não esteve disponível para comentar a convocatória foi o Smaq (maquinistas da CP), não filiado em nenhuma das centrais e não participante na mais recente greve dos transportes.
A RTP tentou, sem êxito, obter um comentário da direcção do Sitra sobre a convocatória da greve. Do mesmo modo, o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) não emitiu ainda uma posição nem esteve disponível, embora se dê como certo o seu alinhamento com a posição de Proença. Um outro sindicato que não esteve disponível para comentar a convocatória foi o Smaq (maquinistas da CP), não filiado em nenhuma das centrais e não participante na mais recente greve dos transportes.
A greve no sector bancário
Entre os bancários existe, entretanto, um movimento pela participação na greve, animado por uma tendência de oposição que foi expressivamente votada nas últimas eleições sindicais, a tendência MUDAR. Um dos dirigentes dessa tendência, João Pascoal, declarou à RTP que não conta com uma adesão muito maior a esta greve do que à de 24 de novembro.
Mas, acrescentou João Pascoal, o simples facto de a adesão ser idêntica já será altamente significativo, visto que em novembro a greve se fez com o apoio do sindicato e agora, provavelmente, se fará sem esse apoio. Agora os animadores do movimento grevista serão a tendência MUDAR e o sindicato bancário independente da Caixa Geral de Depósitos.
E admite-se, apesar da oposição do SBSI, que a adesão possa mesmo superar a de novembro, porque tem sido visível entre os bancários uma crescente preocupação com as consequências gravosas que o acordo de concertação social poderá ter, quando aplicado ao sector.
Mas, acrescentou João Pascoal, o simples facto de a adesão ser idêntica já será altamente significativo, visto que em novembro a greve se fez com o apoio do sindicato e agora, provavelmente, se fará sem esse apoio. Agora os animadores do movimento grevista serão a tendência MUDAR e o sindicato bancário independente da Caixa Geral de Depósitos.
E admite-se, apesar da oposição do SBSI, que a adesão possa mesmo superar a de novembro, porque tem sido visível entre os bancários uma crescente preocupação com as consequências gravosas que o acordo de concertação social poderá ter, quando aplicado ao sector.
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