sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

São Tomé: Polícia reconhece "perfeição" de dólares falsos apreendidos a cidadão português



MYB - Lusa

São Tomé 17 fev (Lusa) - A Policia de Investigação Criminal são-tomense (PIC) exibiu hoje os 24 mil dólares norte americanos, todos em notas de 100, apreendidos ao cidadão português António Manuel Francisco, reconhecendo "a perfeição do trabalho de falsificação".

"Foi necessário muita perícia para descobrirmos que as notas são falsas", disse Lázaro Afonso, responsável pela área da prevenção criminal da PIC, que manifesta estranheza por "tanta perfeição" com que as notas foram falsificadas e que eram destinados alegadamente ao mercado informal.

Em declaração aos jornalistas, o inspetor da polícia de investigação criminal revelou que o dinheiro é proveniente de "uma instituição pública portuguesa", cujo nome prometeu "divulgar posteriormente", adiantando que a introdução de notas de dólares falsas em São Tomé já vem de há três anos.

"Conseguimos descobrir que o dinheiro tem chegado a São Tomé e Príncipe vindo de Portugal, ele (o suspeito) assumiu que recebeu o valor num envelope com o nome de um remetente português. Há um relacionamento de uma instituição portuguesa e o nome informaremos posteriormente", disse Lázaro Afonso.

O suspeito também falou com os jornalistas, afirmando que desconhecia a proveniência do dinheiro e declarou-se inocente: "Peguei no envelope e mandei para dentro de um cofre da oficina, fiquei sem saber o que fazer com aquilo. Estava inclusive com o empregado da oficina, ficámos os dois a olhar para o dinheiro e acabei por deixá-lo no cofre", disse António Manuel Francisco.

O cidadão português detido reside em São Tomé há mais de três anos, tendo iniciadas as suas atividades laborais como gerente de uma média empresa agrícola denominada Santi.

Posteriormente abriu uma sociedade de capital maioritário português para venda de peças automóveis, denominada "Sol Auto".

O responsável pela área de prevenção criminal da Policia de Investigação Criminal garantiu que, apesar de falta de meios, a investigação vai continuar porque acredita haver muito mais notas falsas a circular no mercado são-tomense.

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