LAS – Lusa
Maputo, 14 fev (Lusa) - O ministro da Energia do Zimbabué, Elton Magoma, advertiu na segunda-feira que o país poderá ter em risco as suas importações de eletricidade da barragem moçambicana de Cahora Bassa, devido a dívidas de 90 milhões de dólares.
"Esta é aquela dívida que teremos que honrar, porque se não o fizermos, acabará a nossa maior fonte de energia", disse Magoma, falando a parlamentares do seu país.
A ZESA, empresa de energia do Zimbabué, deve 94 milhões de dólares em importações de energia, dos quais 90 milhões de dólares (68 milhões de euros) à Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), a que se acrescem dívidas antigas de 800 milhões de dólares e, ainda, 70 milhões à Zâmbia.
Na última semana, em declarações à Lusa, o presidente da HCB desdramatizou a eventualidade de um corte no fornecimento de energia ao Zimbabué, na sequência das suas dívidas.
"É público que o Zimbabué deve pelo fornecimento de energia elétrica, mas também é público que acreditamos no diálogo para levar o Zimbabué a incrementar os valores da liquidação da dívida", disse Paulo Muxanga, presidente da HCB, empresa detida em 85 por pelo Estado moçambicano e no restante por Portugal.
O Zimbabué necessita de 2,200 megawatts de eletricidade mas produz apenas 1,300 megawatts, importando o restante.
Segundo o ministro, parte da responsabilidade pela situação deficitária da ZESA cabe aos consumidores que não pagam as contas e que, disse, devem cerca de 400 milhões de dólares à empresa pública.
O aumento em 31 por cento no preço da eletricidade, a introdução de sistemas de consumo pré pago e a distribuição de cinco milhões e meio de lâmpadas fluorescentes pelos lares do país foram medidas recentemente tomadas pela ZESA para reduzir o consumo de energia.
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