Dhlakama, chefe da Renamo, quer voltar à guerra em Moçambique |
Faustino Licaneque, membro da Assembleia Provincial pela bancada da Renamo e relator da Comissão Especializada dos Assuntos Económicos locais e da Comissão Adoc para Revisão do Regimento em Nampula foi, última Quinta-feira, preso pelo Grupo de Operação Especial (GOE), e da Força de Intervenção Rápida (FIR), por alegadamente pertencer ao grupo de homens armados da guarda de Afonso Dhlakama.
Segundo o que foi possível apurar Faustino Licaneque foi detido na rua 25 de Setembro transitava na sua motorizada quando foi interpelado pelos agentes da lei e ordem e imediatamente conduzido a uma viatura da FIR.
“Saí ontem de casa para reunir-me com os meus colegas a fim de fazermos uma concertação naquilo que vai servir para reunião da Comissão ADOC, para revisão do regimento e, pelo caminho, encontrei-me com um grupo de agentes da policia que mandaram-me parar e disseram que eu estava preso” disse para depois afirmar que foi obrigado a subir a viatura da polícia até às celas do comando Provincial.
Em entrevista ao jornal @verdade, o membro da Renamo afirmou que, no momento da sua detenção, alguns agentes do Grupo de Operação Especial terão dito que ele fazia parte do grupo dos ex-guerrilheiros da Renamo, e mesmo depois de clarificar que faz parte da Assembleia Provincial, em representação do partido Renamo, acabou por ser detido numa das celas do comando Provincial onde se encontra com outras pessoas detidas no dia do assalto da polícia à delegação da cidade do partido Renamo na cidade de Nampula.
Faustino acrescentou que, depois da sua detenção, foi submetido a fortes torturas e violações corporais por um grupo de agentes da FIR, que lhe obrigaram a revelar alegados segredos do partido Renamo.
Licaneque refere, na entrevista que manteve com a nossa reportagem, que no momento das agressões físicas impostas pelos homens das Forças de Intervenção Rápida, terá desmentido sobre a posição que exerce no partido da Perdiz, o que fez com que revelasse que nunca foi militar e nunca militou pelas AKM da Renamo antes e pelo contrário terrá sido treinado na escola Militar de Nampula.
O membro da Assembleia Provincial em Nampula disse que o confronto entre a PRM e os ex-guerrilheiros da Renamo na Delegação da cidade colheram-lhe de surpresa, quando estava na sua residência e não sabia nada sobre o que estava a suceder apesar de ter ouvido os disparos das duas forças envolvidas nos confrontos da passada quinta-feira. Aliás, Licaneque referiu que a primeira informação terá recebido pela Rádio Moçambique.
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