MB - Lusa
Bissau, 14 mar (Lusa) - O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, Desejado Lima da Costa, confirmou hoje que mais de 150 observadores eleitorais estarão no terreno para fiscalizar as eleições presidenciais antecipadas de domingo.
Segundo Lima da Costa, dos países e organizações que já solicitaram acreditação, a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) é aquela que irá enviar mais elementos, no total 80 pessoas, seguida da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), cerca de 20 pessoas, União Africana e a UEMOA (União Económica da África Ocidental).
A Grã-Bretanha também deverá enviar observadores, bem como alguns "países amigos" da Guiné-Bissau que pretendem mandar personalidades de destaque, disse.
Desejado Lima da Costa referiu que a CNE não estava a contar com a presença de tantos observadores devido ao facto de as eleições "terem sido convocadas de forma repentina", após a morte do Presidente Malam Bacai Sanhá, em janeiro, vítima de doença.
"Até ficámos surpreendidos com a resposta tendo em conta a forma inesperada como foram convocadas estas eleições", observou o líder da CNE guineense, frisando igualmente que o processo decorre "a um bom ritmo".
"Estamos agora a entrar na terceira fase do processo que deve culminar, no domingo, com a votação, mas já esta quinta-feira os elementos destacados para garantir a segurança do processo, militares e polícias, assim como funcionários do Estado do porto e aeroporto ou aqueles que não vão estar no país no dia das eleições, vão poder exercer o seu direito cívico, votando", indicou Lima da Costa.
Este responsável aproveitou para responder às críticas feitas pela diretoria da campanha de Kumba Ialá, segundo a qual, a CNE, em "conluio" com o Governo, estariam a trabalhar no sentido de facilitar que haja fraude eleitoral na votação de domingo.
"É grave. É uma intervenção que temos que lamentar porque quem a fez não conhece a forma como as coisas acontecem no sistema da CNE. É um sistema robusto que não permite nenhuma fraude", disse Lima da Costa, desvalorizando as declarações proferidas por Artur Sanhá, antigo primeiro-ministro guineense e atual vice-coordenador da campanha de Kumba Ialá.
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