Na capital de Timor-Leste, Díli, quase 10 anos depois da restauração da independência, é possível adquirir as mais recentes invenções tecnológicas, mas no interior do país 41% da população vive com menos de um dólar por dia.
É assim o país no ano em que comemora o seu 10.º aniversário da restauração da independência. Se em Díli já se pode jantar num restaurante turco ou japonês, adquirir os mais recentes lançamentos da Macintosh ou até fazer compras num centro comercial comparado a outro qualquer do mundo, também é verdade que estes serviços coexistem com o mau saneamento básico e com a habitação precária.
A população urbana de Díli continua sem acesso a saneamento e os resíduos das fossas sépticas fluem em valas abertas para as praias. É nessas valas de água de esgoto que se cultivam muitos dos produtos consumidos e que as crianças brincam.
Fora da capital, está concentrada 41% da população, que vive com menos de um dólar por dia. No interior, apesar de a electricidade já ter chegado a toda a costa norte do país, é visível a pobreza das pessoas.
Mas autoridades timorenses também têm louros para receber. Na educação, 425,56 jovens e crianças entre os três e os 18 anos de idade frequentavam em 2010 estabelecimentos de ensino e na saúde os indicadores revelam que 78% das crianças são tratadas em relação a doenças básicas, 86% das mães recebem cuidados pré-natais e a incidência das mulheres mal nutridas desceu 29%.
Dez anos depois da restauração da independência, que se comemora a 20 de Maio, Timor-Leste é um país de contrastes.
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