sábado, 21 de abril de 2012

Afonso Dhlakama nega estar a exigir dinheiro no diálogo com o chefe Estado



LYR - Lusa

Nampula, 21 abr (Lusa) - O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, principal partido da oposição moçambicana, negou hoje estar à procura de "dinheiro" no diálogo com o chefe de Estado, Armando Guebuza, afirmando que luta apenas por garantir a democracia no país.

Vários círculos de opinião em Moçambique afirmam que as pressões de Afonso Dhlakama para renegociar com o chefe de Estado moçambicano alegados aspetos pendentes do Acordo Geral de Paz (AGP), que pôs fim a 16 anos de guerra civil no país, são uma chantagem do líder da (Renamo) Resistência Nacional de Moçambique, para obter dinheiro do Estado.

Os dois líderes reuniram-se na semana passada, a segunda vez em 12 anos de presidência de Armando Guebuza, tendo discutido, segundo declarações de ambos à imprensa, aspetos relacionados com os confrontos de março entre a polícia e ex-guerrilheiros da Renamo em Nampula, norte de Moçambique, da despartidarização do exército e do alegado favorecimento de figuras do partido no poder, Frente de Libertação de Moçambique, nas oportunidades económicas geradas pelos grandes projetos de investimento estrangeiro.

"Quando eu me encontro com Guebuza não é para falarmos de negócio ou de dinheiro. Eu não sou familiar dele e nem sou membro da Frelimo. Dialogo com um ditador para ajudar o povo a alcançar a verdadeira democracia", afirmou Afonso Dhlakama, numa conferência provincial de quadros da Renamo em Nampula.

Segundo o líder da oposição moçambicana, a pressão que tem exercida obrigou o chefe de Estado e a Frelimo- Frente de Libertação de Moçambique a voltarem a encarar a Renamo um interlocutor incontornável do processo político moçambicano.

"Os comunistas sentem-se agora muito pressionados e por isso aceitaram negociar com a Renamo", enfatizou Afonso Dhlakama, numa referência à opção marxista-leninista adotada pela Frelimo, após a independência do país em 1975, mas depois abandonada com a abertura do país à democracia liberal.

Empresário assassinado à saída de uma mesquita

Lusa

Maputo, 21 abr (Lusa) - Um conhecido empresário moçambicano, Momade Ayob, foi assassinado a tiro na noite de sexta-feira na capital de Moçambique, à saída de uma mesquita, informou hoje a polícia.

O porta-voz do comando da polícia moçambicana em Maputo, Arnaldo Chefo, disse à imprensa que o empresário, dono de uma famosa loja da capital, foi mortalmente baleado por um homem que se fazia transportar numa mota.

"Já há agentes a trabalhar no caso, mas ainda é cedo para dar detalhes", disse Arnaldo Chefo.

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